sábado, 18 de janeiro de 2014

15 coisas que você precisa abandonar para ser feliz

1. Desista da sua necessidade de estar sempre certo
Há tantos de nós que não podem suportar a ideia de estarem errados – querem ter sempre razão – mesmo correndo o risco de acabar com grandes relacionamentos ou causar estresse e dor, para nós e para os outros. E não vale a pena, mesmo. Sempre que você sentir essa necessidade “urgente” de começar uma briga sobre quem está certo e quem está errado, pergunte a si mesmo: “Eu prefiro estar certo ou ser gentil?” (Wayne Dyer) Que diferença fará? Seu ego é mesmo tão grande assim?
 
2. Desista da sua necessidade de controle
Estar disposto a abandonar a sua necessidade de estar sempre no controle de tudo o que acontece a você e ao seu redor – situações, eventos, pessoas, etc. Sendo eles entes queridos, colegas de trabalho ou apenas estranhos que você conheceu na rua – deixe que eles sejam. Deixe que tudo e todos sejam exatamente o que são e você verá como isso irá o fazer se sentir melhor.
“Ao abrir mão, tudo é feito. O mundo é ganho por quem se desapega, mas é necessário você tentar e tentar. O mundo está além da vitória.” Lao Tzu

3. Pare de culpar os outros
Desista desse desejo de culpar as outras pessoas pelo que você tem ou não, pelo que você sente ou deixa de sentir. Pare de abrir mão do seu poder e comece a se responsabilizar pela sua vida.

4. Abandone as conversinhas auto-destrutivas
Quantas pessoas estão se machucando por causa da sua mentalidade negativa, poluída e repetidamente derrotista? Não acredite em tudo o que a sua mente está te dizendo – especialmente, se é algo pessimista. Você é melhor do que isso.
“A mente é um instrumento soberbo, se usado corretamente. Usado de forma errada, contudo, torna-se muito destrutiva.” Eckhart Tolle

5. Deixe de lado as crenças limitadoras sobre quem você pode ou não ser, sobre o que é possível e o que é impossível. De agora em diante, não está mais permitido deixar que as suas crenças restritivas te deixem empacado no lugar errado. Abra as asas e voe!
“Uma crença não é uma ideia realizada pela mente, é uma ideia que segura a mente.” Elly Roselle

6. Pare de reclamar
Desista da sua necessidade constante de reclamar daquelas várias, várias, váaaarias coisas – pessoas, momentos, situações que te deixam infeliz ou depressivo. Ninguém pode te deixar infeliz, nenhuma situação pode te deixar triste ou na pior, a não ser que você permita. Não é a situação que libera esses sentimentos em você, mas como você escolhe encará-la. Nunca subestime o poder do pensamento positivo.

7. Esqueça o luxo de criticar
Desista do hábito de criticar coisas, eventos ou pessoas que são diferentes de você. Nós somos todos diferentes e, ainda assim, somos todos iguais. Todos nós queremos ser felizes, queremos amar e ser amados e ser sempre entendidos. Nós todos queremos algo e algo é desejado por todos nós.

8. Desista da sua necessidade de impressionar os outros
Pare de tentar tanto ser algo que você não é só para que os outros gostem de você. Não funciona dessa maneira. No momento em que você pára de tentar com tanto afinco ser algo que você não é, no instante em que você tira todas as máscaras e aceita quem realmente é, vai descobrir que as pessoas serão atraídas por você – sem esforço algum.

9. Abra mão da sua resistência à mudança
Mudar é bom. Mudar é o que vai te ajudar a ir de A a B. Mudar vai melhorar a sua vida e também as vidas de quem vive ao seu redor. Siga a sua felicidade, abrace a mudança – não resista a ela.
“Siga a sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só havia paredes” Joseph Campbell

10. Esqueça os rótulos
Pare de rotular aquelas pessoas, coisas e situações que você não entende como se fossem esquisitas ou diferentes e tente abrir a sua mente, pouco a pouco. Mentes só funcionam quando abertas.
“A mais extrema forma da ignorância é quando você rejeita algo sobre o que você não sabe nada” Wayne Dyer

11. Abandone os seus medos
Medo é só uma ilusão, não existe – você que inventou. Está tudo em sua cabeça. Corrija o seu interior e, no exterior, as coisas vão se encaixar.
“A única coisa de que você deve ter medo é do próprio medo” Franklin D. Roosevelt

12. Desista de suas desculpas
Mande que arrumem as malas e diga que estão demitidas. Você não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos por causa das muitas desculpas que usamos. Ao invés de crescer e trabalhar para melhorar a nós mesmos e nossas vidas, ficamos presos, mentindo para nós mesmos, usando todo tipo de desculpas – desculpas que, 99,9% das vezes, não são nem reais.

13. Deixe o passado no passado
Eu sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando o passado parece bem melhor do que o presente e o futuro parece tão assustador, mas você tem que levar em consideração o fato de que o presente é tudo que você tem e tudo o que você vai ter. O passado que você está desejando – o passado com o qual você agora sonha – foi ignorado por você quando era presente. Pare de se iludir. Esteja presente em tudo que você faz e aproveite a vida. Afinal, a vida é uma viagem e não um destino. Enxergue o futuro com clareza, prepare-se, mas sempre esteja presente no agora.

14. Desapegue do apego
Este é um conceito que, para a maioria de nós é bem difícil de entender. E eu tenho que confessar que para mim também era – ainda é -, mas não é algo impossível. Você melhora a cada dia com tempo e prática. No momento em que você se desapegar de todas as coisas, (e isso não significa desistir do seu amor por elas – afinal, o amor e o apego não têm nada a ver um com o outro; o apego vem de um lugar de medo, enquanto o amor… bem, o verdadeiro amor é puro, gentil e altruísta, onde há amor não pode haver medo e, por causa disso, o apego e o amor não podem coexistir), você irá se acalmar e se virá a se tornar tolerante, amável e sereno… Você vai alcançar um estado que te permita compreender todas as coisas, sem sequer tentar. Um estado além das palavras.

15. Pare de viver a sua vida segundo as expectativas das outras pessoas
Pessoas demais estão vivendo uma vida que não é delas. Elas vivem suas vidas de acordo com o que outras pessoas pensam que é o melhor para elas, elas vivem as próprias vidas de acordo com o que os pais pensam que é o melhor para elas, ou o que seus amigos, inimigos, professores, o governo e até a mídia pensa que é o melhor para elas. Elas ignoram suas vozes interiores, suas intuições. Estão tão ocupadas agradando todo mundo, vivendo as suas expectativas, que perdem o controle das próprias vidas. Isso faz com que esqueçam o que as faz feliz, o que elas querem e o que precisam – e, um dia, esquecem também delas mesmas. Você tem a sua vida – essa vida agora – você deve vivê-la, dominá-la e, especialmente, não deixar que as opiniões dos outros te distraiam do seu caminho.

Fonte: Guia Ingresse

domingo, 17 de novembro de 2013

História de um pegador

Sinceridade: não sou do tipo que chama atenção pelo porte físico ou coisa parecida. Já passei dos quarenta, meus cabelos me abandonaram há uns 07 ou 08 verões e minha protuberante barriga denotam o grande sucesso que tive na arte de comer e beber. Minhas rugas procedem da total falta de credibilidade em protetor solar (esse troço não é coisa de homem sério!) aliada a centenas de noites que fiquei sem dormir na expectativa de não ir para casa sozinho.

Bom. Esse sou eu.

Ainda bem que para caras como eu (porra! Tem um monte desses pôr ai) existem os desmanches.

O que é um desmanche?

Sinceridade: Na mesma proporção de caras como eu, existem mulheres com características semelhantes.

Se não são carecas, tem cabelos mal cuidados, se a barriga não é tão grande quanto a minha, tem lá aquela coisa instalada ali na frente. Ruga então?! Puta que pariu! Não quero falar disso.

Voltando ao assunto, um desmanche é um local onde se tem música, bebida, um globo vagabundo rodando no teto, banheiro mal cuidado, etc.

O local tem que ser escuro porque, sinceridade: Com muita luz acho que ninguém "pegaria" ninguém.

A balada que sempre vou (não vou chamar de desmanche, as mulheres se ofendem pois h áquem diga que estes locais tem estes nomes porque as "princesas" que freqüentam o local desmancham em um toque) fica perto da minha casa, pois não tenho carro e, se arrumo alguma coisa dá para ir a pé até o meu apartamento.

Coloquei minha roupa de passeio, quinzão no bolso (cinco para entrar e o resto para beber e comer um cachorro quente na hora de ir embora) e fui para a caçada.

Dancei forró, pagode, lenta (não sei nem como se chama hoje em dia estas músicas de se dançar juntos eu falo lenta e acabou!) com umas dez mulheres diferentes.

Já passava das quatro da madruga, eu já num prego do cacete, achando que ia ter de acabar mais uma noite sozinho, deparei-me com uma gata.

Não fui agraciado com beleza mas...papo... bom. Papo eu tenho.

Aproximei -me. Era um loira com uma calça preta com listas amarelas (estas calças de ir em academia) uma bota que imitava couro de cobra, um salto bem alto, o cano da bota ia até os joelhos o que dificultava um pouco os movimentos da "mocinha". Sua blusa era toda cheia de umas coisas brilhantes (não sei o nome destes troços) bem vermelha. Não sei se é moda, mas, tudo bem, eu não tava procurando ninguém para ser modelo e sim tirar o meu atraso.

Encostei do lado e comecei a jogar meu charme.

Sinceridade: Nem precisei conversar muito. Cinco minutos de conversa e já aceitou ir até minha casa. Eu também aceitaria no lugar dela pois, o primeiro ônibus que ia até a direção da sua casa só passaria a partir das sete horas.

Fomos caminhando até meu apartamento. Quando passávamos por luzes fortes podia ver com mais clareza seu rosto.

Amigos:

Se você tem menos de dezesseis anos e ou estômago fraco aconselho interromper a leitura a partir deste momento pois daqui para frente a coisa começa a ficar quente.

Tinha mais rugas que meu saco, já não sabia se era loira ou morena.

Quero dizer era morena pois o cabelo estava do ombro para baixo loiro e para cima moreno. Segundo ela com a próxima grana que ganhar de diarista vai dar um jeito no cabelo.

Sinceridade: A dona era até gostosa mas feia pra caralho mas, porra!

Eu não queria ela para bater foto, além do mais não aguentava mais ficar só na punheta. Precisava comer uma mulher, nem que fosse ela.

Abri a porta do meu apartamento e já fui beijando e socando a mão em tudo quanto é lugar, aí, como toda mulher faz, começou:

- Para com isso! Que é que você tá pensando!?

Tudo bem. Todos nós passamos por isso, até as feias tem direito àquelas frescuras do início.

Dei mais um beijão e já coloquei a mão no bolso e peguei umas balas.

Compreensível: Quatro horas da manhã, fumando, bebendo, qualquer um fica com bafo na boca.

Como toda mulher que você põe no carro ou leva para seu apartamento (até as feias são assim!!) já começou com aquele papinho - Acho que está na hora de ir embora...

- Puta que pariu, a gente tem que passar por isso. Tudo bem, tô ali de pau duro prontinho e tem que ter esta frase!!

Bom fiz minha parte: Conversava um pouco, beijava um pouco, passava a mão, pegava a mão dela e colocava em cima da minha calça, sabe como é, todo aquele ritual básico.

Passados longos dez minutos desta interminável lenga lenga, a Marta (este não é o nome real mas vamos deixar como se fosse), deixou eu tirar sua blusa.

Quando tirei a blusa encontrei um enorme obstáculo: estas cintas que apertam o corpo para tampar um pouco a gordura. Tirei aquele troço. Meu Deus!!

Sinceridade: O cheiro que saiu dali de baixo, se minha tara não fosse do tamanho do Pão de Açúcar, eu teria brochado, mas achei até compreensível afinal, ficar a noite toda dançando com aquele negócio quente enrolado no corpo, não podia dar em outra coisa.

Passados uns cinco minutos meu nariz já havia se acostumado com o cheiro. Pra quem já tinha beijado a boca fedendo a cigarro, um CC não ia matar.

Tirei o corpete (foi assim que ela chamou o negócio) e comecei a chupar os peitos. Tava meio salgado, quero dizer, tava bem salgado, mas, vamo lá, era para comer mesmo! Que mal tinha estar temperado?!?!

Fiquei ali chupando aquela coisa flácida por uns cinco minutos até que finalmente a Marta pegou no meu pau. Tinha, finalmente, quebrado a barreira entre o - acho que vou embora e o acho que vou te dar .

Começamos então a fase final. Ela com a mão no meu pau e eu com a mão na sua xoxota (fica bonitinho este nome!!).

Não deu dois minutos de dedinho e já veio com aquela outra famosa -

- Eu quero! Eu quero! - como se não quisesse desde o começo mas, tudo bem, respeito. Se não respeita, fica com fama de insensível e...bom, deixa para lá, vamos ao que interessa.

Como todo bom cavalheiro, tirei a mão de lá e coloquei no nariz para "reconhecer o gramado".

Sinceridade: Minha sorte que meu pinto não tem nariz, se tivesse acho que não encararia a parada.

Começamos a nos despir. Fui abaixar sua calça e me deparei com as

botas: Preciso comentar do cheiro que saiu de dentro das botas??? Se tivesse lugar, poderia jurar que ela escondeu um gato morto em cada pé.

Pensei em dar a primeira tomando um banho, talvez melhorasse um pouco as condições.

Fomos até o banheiro e, para variar, estava sem água.

Sinceridade: Tava louco para dar uma trepada. Meu pau já tava ardendo, as bolas começando a doer...Comi ali mesmo dentro do banheiro

(Sim. Usei camisinha!!!).

Comecei sentado na privada, depois encostei a Marta na parede do banheiro e peguei ela por traz. Pra não gozar muito rápido, fiquei

contando quantas bolas de celulite ela tinha na bunda. Quando chegou na vinte e cinco, ela pediu para mudar de posição, eu

estava tão empolgado com a minha estatística que nem percebi que ela batia a cabeça na parede com força e acho que já tava machucando.

Fomos para o corredor do apartamento (no banheiro não tem espaço para ficar deitado). Dei umas bombadas ali e fomos terminar na cama.

Dei aquelas gozadas de arder o canal. A Marta disse que gozou três vezes!!! (quem será que está mentindo eu ou a Marta???)

Depois que gozei, tirei a camisinha, dei aquela conferida para ver se estavam todos ali, amarrei a ponta e joguei no lixo.

Entrei então naquela parte conhecida pelos homens como o cúmulo da eternidade (Cúmulo da Eternidade: Os minutos entre depois que você goza e a hora em que você leva a mulher embora).

Sinceridade: Com pinto mole não há a menor possibilidade de encarar a Marta!!!

Já nos preparativos finais para ir embora disse que estava com fome.

Meus quinzão já tinham ido para o espaço (As balas não foram de graça!!). Perguntou se não podia pedir uma pizza ou comer um cachorro quente.

Para não ficar feio para minha cara, ofereci-lhe para fazer algo para comermos. - Nossa que romântico!!!- Pronto! Só faltava a baranga achar que gostei dela!!!

Fucei os armários e achei um Miojo. Na geladeira tinha uma destas latas de molho pronto de tomate que fazia uma semana que estava lá.

Fiz a gororoba. Tinha uns dois ou três tomates que só parti em quatro e coloquei junto para tirar aquele ar de anemia do prato.

Sentamos e comemos. Comi pouco, a Marta acho que fazia uma semana que não comia.

Não deveria ter colocado aquele molho.

A Marta comeu um monte e começou a passar mal. Ficou com dor de barriga. Fiquei com um pouco de dó dela. Dar um cagão na casa de alguém que você acaba de conhecer, não é o "sonho" de nenhuma mulher.

Lá foi a Marta . Quase seis horas da manhã, nenhum barulho na rua, a porta do banheiro não fecha direito.

Sinceridade: Nunca uma mulher tinha ido ao banheiro perto de mim (para cagar!) e logo na estréia tive direito a show de efeitos sonoros.

Aquele barulho de quando você acelera uma motoca velha, denunciava e forma "lïquida" que a coisa tava vindo.

Minha TV queimada, o rádio meu irmão havia pego emprestado. Tive que ouvir a sinfonia do começo ao fim.

Ouvi quando ela tentou puxar a descarga (estava sem água, lembra???), quando tentou abrir a torneira para lavar a mão, ambos sem sucesso.

Veio então nossa heroína daquela batalha que achei não ter mais fim.

Foram quinze minutos de barulhos de motoca e de água escorrendo.

Ela saiu do banheiro deixando lá toda a sua obra, deu uma cheirada na mão, esfregou-as e me abraçou.

Eu sabia que o cheiro que eu estava sentindo era do banheiro mas, eu tinha a sensação de que vinha da sua boca.

Dei-lhe minhas últimas balas. Aquelas mãos passando em meu rosto como quem quer fazer um carinho, não sei quanto tempo poderia aguentar.

Pegou no meu pau de novo, viu que estava mole e disse: - Vou levantar o bebê de novo. (bebê???)

Abaixou minha calça e começou a me chupar.

Sinceridade: Um boquete é sempre um boquete. O danado mesmo com todo aquele cheiro de enxofre no ar (ele não tem nariz, lembra???) ficou em pé de novo. A moça então resolveu escancarar:

Começou a fazer um streap (nem sei escrever isso!!).

Preferia a boquete mas, tudo bem, vamos respeitar o ritual, para não parecer insensível.

A sala estava meio escura e ela, achando que estava realmente me agradando com aquelas incontáveis bolas de celulite (tinha parado na 25 lembra???), acendeu a luz.

Quando tudo ficou mais claro olhei para aquela bunda e pensei: Puta que pariu, a gorda tem um monte de espinha na bunda para ajudar.

Na verdade para meu espanto ou alívio (já não sabia mais o que pensar) não eram espinhas. Eram algumas sementes do tomate que coloquei na macarronada. A desinteria deve ter escorrido por toda sua bunda e o papel higiênico não limpou tudo que podia e elas ficaram por ali   grudadinhas.

Peguei minha cueca, dei uma cuspida, limpei em volta e comi a Marta de novo.

Sete horas da manhã a Marta pegou o ônibus e foi embora.

A água voltou às dez horas.

Não quero mais tocar neste assunto.

domingo, 13 de outubro de 2013

A culpa é do samba

O quadro "A Culpa É do Samba" (Blame it on the Samba) da Disney, parte do filme de 1948 "Tempo de Melodia" (Melody Time), dublado.
O Pato Donald, Zé Carioca e o Aracuã dançam ao som do Apanhei-te Cavaquinho, de Ernesto Nazareth, cantado pelas Dinning Sisters (na versão em inglês), e pela organista-hammond Ethel Smith.

Para mais informações, leiam o texto de Daniella Thompson "A Culpa é do Walt"
http://daniellathompson.com/Texts/Inv...


Blame It on the Samba
(Ernesto Nazareth/Ray Gilbert)
If your spirits have hit a new low
And they long to hit a new high
One little musical cocktail
Will lift them to the sky

Mix a jigger of rhythm
With a strain of a few guitars
And a dash of the samba
And a few melodious bars

And then, and then...

You take a small cabassa (chi-chi-chi-chi-chi)
One pandeiro (cha-cha-cha-cha-cha)
Take the cuíca (boom-boom-boom-boom)
You’ve got the fascinating rhythm of the samba

And if guitars are strumming (chi-chi-chi-chi-chi)
Birds are humming (cha-cha-cha-cha-cha)
Drums are drumming (boom-boom-boom-boom)
Then you can blame it on the rhythm of the samba

For there is something ’bout the beat you cling to
That’s the type of song you sing to
That’s the kind of thing you swing to
When you get to bouncing with the beat in your feet

But when you’re bouncing to the beat you’re reeling
With the carioca feeling
But if you want to hit the ceiling
Here is all you have to do

You take a small cabassa
[...]
  A Culpa É do Samba
(Ernesto Nazareth/Ray Gilbert)
Se o seu ânimo chegou lá em baixo
E ele quer voltar ao topo
Um pequeno coquetel musical
Irá levantá-lo para o céu

Misture um dose de ritmo
Com um verso de alguns violões
E uma pitada do samba
E alguns compassos melodiosos

Então, então...

Você pega uma pequena cabaça (chi-chi-chi-chi-chi)
Um pandeiro (cha-cha-cha-cha-cha)
Pegue a cuíca (boom-boom-boom-boom)
E você tem o fascinante ritmo do samba

E se os violões estão dedilhando (chi-chi-chi-chi-chi)
Pássaros estão cantarolando (cha-cha-cha-cha-cha)
Tambores estão tamborilando (boom-boom-boom-boom)
Então você pode pôr a culpa no ritmo do samba

Pois tem algo no ritmo em que você se amarra
Esse é o tipo de música que você canta
Esse é o tipo de coisa que você dança
Quando você pula com o ritmo em seus pés

Mas quando você ao ritmo tá pulando,
Com o gingado carioca você tá balançando
E se você quiser bater no teto
É só fazer isso:

Você pega uma pequena cabaça
[...]

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

ESCUTATÓRIA

Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar. Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória. Mas acho que ninguém vai se matricular. 
 
Escutar é complicado e sutil. Diz o Alberto Caeiro que “não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma“. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Aí a gente que não é cego abre os olhos. Diante de nós, fora da cabeça, nos campos e matas, estão as árvores e as flores. Ver é colocar dentro da cabeça aquilo que existe fora. O cego não vê porque as janelas dele estão fechadas. O que está fora não consegue entrar. A gente não é cego. As árvores e as flores entram. Mas - coitadinhas delas - entram e caem num mar de idéias. São misturadas nas palavras da filosofia que mora em nós. Perdem a sua simplicidade de existir. Ficam outras coisas. Então, o que vemos não são as árvores e as flores. Para se ver e preciso que a cabeça esteja vazia. 
 
Faz muito tempo, nunca me esqueci. Eu ia de ônibus. Atrás, duas mulheres conversavam. Uma delas contava para a amiga os seus sofrimentos. (Contou-me uma amiga, nordestina, que o jogo que as mulheres do Nordeste gostam de fazer quando conversam umas com as outras é comparar sofrimentos. Quanto maior o sofrimento, mais bonitas são a mulher e a sua vida. Conversar é a arte de produzir-se literariamente como mulher de sofrimentos. Acho que foi lá que a ópera foi inventada. A alma é uma literatura. É nisso que se baseia a psicanálise...) Voltando ao ônibus. Falavam de sofrimentos. Uma delas contava do marido hospitalizado, dos médicos, dos exames complicados, das injeções na veia - a enfermeira nunca acertava -, dos vômitos e das urinas. Era um relato comovente de dor. Até que o relato chegou ao fim, esperando, evidentemente, o aplauso, a admiração, uma palavra de acolhimento na alma da outra que, supostamente, ouvia. Mas o que a sofredora ouviu foi o seguinte: “Mas isso não é nada...“ A segunda iniciou, então, uma história de sofrimentos incomparavelmente mais terríveis e dignos de uma ópera que os sofrimentos da primeira.
Parafraseio o Alberto Caeiro: “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma.“ Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor. No fundo somos todos iguais às duas mulheres do ônibus. Certo estava Lichtenberg - citado por Murilo Mendes: “Há quem não ouça até que lhe cortem as orelhas.“ Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil da nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos... 
 
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos, estimulado pela revolução de 64. Pastor protestante (não “evangélico“), foi trabalhar num programa educacional da Igreja Presbiteriana USA, voltado para minorias. Contou-me de sua experiência com os índios. As reuniões são estranhas. Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. (Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, como se estivessem orando. Não rezando. Reza é falatório para não ouvir. Orando. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas. Também para se tocar piano é preciso não ter filosofia nenhuma). Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito. Pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que julgava essenciais. Sendo dele, os pensamentos não são meus. São-me estranhos. Comida que é preciso digerir. Digerir leva tempo. É preciso tempo para entender o que o outro falou. Se falo logo a seguir são duas as possibilidades. Primeira: “Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava eu pensava nas coisas que eu iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado.“ Segunda: “Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.“ Em ambos os casos estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada. O longo silêncio quer dizer: “Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.“ E assim vai a reunião. 
 
Há grupos religiosos cuja liturgia consiste de silêncio. Faz alguns anos passei uma semana num mosteiro na Suíça, Grand Champs. Eu e algumas outras pessoas ali estávamos para, juntos, escrever um livro. Era uma antiga fazenda. Velhas construções, não me esqueço da água no chafariz onde as pombas vinham beber. Havia uma disciplina de silêncio, não total, mas de uma fala mínima. O que me deu enorme prazer às refeições. Não tinha a obrigação de manter uma conversa com meus vizinhos de mesa. Podia comer pensando na comida. Também para comer é preciso não ter filosofia. Não ter obrigação de falar é uma felicidade. Mas logo fui informado de que parte da disciplina do mosteiro era participar da liturgia três vezes por dia: às 7 da manhã, ao meio-dia e às 6 da tarde. Estremeci de medo. Mas obedeci. O lugar sagrado era um velho celeiro, todo de madeira, teto muito alto. Escuro. Haviam aberto buracos na madeira, ali colocando vidros de várias cores. Era uma atmosfera de luz mortiça, iluminado por algumas velas sobre o altar, uma mesa simples com um ícone oriental de Cristo. Uns poucos bancos arranjados em “U“ definiam um amplo espaço vazio, no centro, onde quem quisesse podia se assentar numa almofada, sobre um tapete. Cheguei alguns minutos antes da hora marcada. Era um grande silêncio. Muito frio, nuvens escuras cobriam o céu e corriam, levadas por um vento impetuoso que descia dos Alpes. A força do vento era tanta que o velho celeiro torcia e rangia, como se fosse um navio de madeira num mar agitado. O vento batia nas macieiras nuas do pomar e o barulho era como o de ondas que se quebram. Estranhei. Os suíços são sempre pontuais. A liturgia não começava. E ninguém tomava providências. Todos continuavam do mesmo jeito, sem nada fazer. Ninguém que se levantasse para dizer: “Meus irmãos, vamos cantar o hino...“ Cinco minutos, dez, quinze. Só depois de vinte minutos é que eu, estúpido, percebi que tudo já se iniciara vinte minutos antes. As pessoas estavam lá para se alimentar de silêncio. E eu comecei a me alimentar de silêncio também. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. Eu comecei a ouvir. Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras. E música, melodia que não havia e que quando ouvida nos faz chorar. A música acontece no silêncio. É preciso que todos os ruídos cessem. No silêncio, abrem-se as portas de um mundo encantado que mora em nós - como no poema de Mallarmé, A catedral submersa, que Debussy musicou. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Me veio agora a idéia de que, talvez, essa seja a essência da experiência religiosa - quando ficamos mudos, sem fala. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar. Para mim Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto... (O amor que acende a lua, pág. 65.)

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domingo, 23 de setembro de 2012

A elegância no comportamento

Martha Medeiros


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara : a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.  Nas pessoas que escutam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.

É elegante não ficar espaçoso demais.

É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.

É elegante a gentileza; atitudes gentis falam mais que mil imagens...

Abrir a porta para alguém? É muito elegante.

Dar o lugar para alguém sentar? É muito elegante.

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Oferecer ajuda? Muito elegante.

Olhar nos olhos ao conversar? Essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.

A saída é desenvolver em si mesma a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".

Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.
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Do livro "Non Stop" - Crônicas do Cotidiano

domingo, 16 de setembro de 2012

Cortesia no dia-a-dia


Qualidade de vida é fundamental, mas quase ninguém pára para pensar que a vida pode ser muito melhor e mais simples se incorporarmos pequenos gestos e atitudes que podem fazer a maior diferença no nosso cotidiano e - claro - também na vida. Ser cortês no trabalho, em casa ou em qualquer outro lugar fará com que você receba de volta, pelo menos, um sorriso. E isso, também pode melhorar seu dia, seu humor, sua vida.

· Abrir a porta do carro para a sua namorada ou amiga não é apenas um ato elegante em desuso. É uma forma de cortesia que demonstra o seu respeito e carinho pela pessoa.

· No trabalho sempre que for buscar um café ou água, não custa perguntar se alguém quer e trazer com prazer - pelo menos para quem senta ao lado ou os colegas mais próximos.

· Mesmo que você não fume, esvazie os cinzeiros de quem senta perto ou mesmo em casa. E, claro, faça-o sem reclamar ou cara feia...

· Ainda sobre reclamar - há pequenos inconvenientes no dia-a-dia que realmente incomodam: ter que manobrar o carro na garagem para dar passagem a outro, ou tirar o lixo de casa. Estes são exemplos prosaicos, no entanto, como são inevitáveis, é melhor que encaremos com um certo humor, sem fazer pesar a quem está perto o "sacrifício" que estamos fazendo.

· Ser cortês também está ligado a não ser folgado... Por isso, no carro de alguém ou mesmo em casa, não mude o canal da TV ou a estação de rádio sem consultar o dono do carro ou as pessoas que estão junto. E lembre-se: por favor e obrigado são palavras essenciais...

· Em supermercados não faltam ocasiões para ser gentil. Deixe aquela senhora ou senhor idoso passar na frente na fila dos frios ou da carne. Mas, principalmente, na fila do caixa quando você está com o carrinho lotado e atrás de você está uma pessoa com um ou dois volumes a mais do que o permitido no caixa expresso - dê um sorriso e deixe passar.

· Você sabe que seu colega adora determinada bala, bombom ou bolacha. Se, de vez em quando você aparecer com alguns para ele(a) pode ter certeza que não vai parecer uma cantada, mas sim que você é uma pessoa que pensa e sabe dar atenção aos outros - entre outras coisas.

· Saindo da sua garagem, em esquinas ou em cruzamentos, mesmo que esteja com pressa, vá com calma e deixe o nervoso, atacado ou estressado, seguir na sua frente. Em vez de buzinar, xingar e fazer cara feia, sorria e pense em seu bem estar. Nada é mais importante que o seu bom humor.

· Para os homens, ser gentil com as mulheres é uma questão de princípios. E não apenas com aquela na qual está interessado. É essencial a cortesia em todos os momentos e até mesmo no modo de falar ou pedir alguma coisa, principalmente em cargos de chefia.

· Você vê aquele casal lutando com o carrinho de bebê na escada rolante e o outro filho pela mão. Custa ajudar com o carrinho ?

· Depois de ir a um jantar na casa de seu amigo(a) ou chefe é extremamente gentil e sempre bem-vindo ligar para agradecer o convite, completando que adorou o jantar.

· Procure incorporar a cortesia em sua vida. No elevador, em filas, e principalmente em lugares difíceis ou situações de crise.
Essa é a diferença entre o sujeito insignificante, igual a todos e aquele de quem todo mundo lembra quando quer companhia.

Cláudia Matarazzo

terça-feira, 12 de junho de 2012

O medo da solidão

Ninguém quer ficar sozinho. Todo mundo quer pertencer à multidão – não apenas à multidão, mas a muitas multidões.

A pessoa pertence a um grupo religioso, a um partido político, ao rotary club... e existem muitos outros grupinhos a que pertencer.

A pessoa quer apoio vinte e quatro horas por dia, porque o falso não se sustenta sem apoio. No momento em que a pessoa fica sozinha, ela começa a sentir uma estranha loucura.

Não se trata apenas do seu medo, trata-se do medo de todo mundo.

Porque ninguém é o que deveria ser na vida. A sociedade, a cultura, a religião, a educação conspiram todos contra as crianças inocentes. Todos eles têm poderes – a criança é indefesa e dependente.

Então eles fazem dela o que querem. Eles não deixam que nenhuma criança siga o curso natural da sua vida. Eles fazem tudo para que os seres humanos tenham uma utilidade.

Quem garante que, se deixarem uma criança crescer por si mesma, ela vai servir aos interesses deles? A sociedade não está preparada para assumir esse risco. Ela se apodera da criança e começa a moldá-la, fazendo com que ela se transforme em algo de que a sociedade necessite.

Num certo sentido, ela mata a alma da criança e dá a ela uma falsa identidade, de modo que ela nunca encontre a sua alma, o seu ser.

A falsa identidade é um substituto. Mas esse substituto só é útil enquanto você está no meio da multidão que lhe deu essa falsa identidade.

No momento em que você está sozinho, o falso começa a se despedaçar e o verdadeiro reprimido começa a se expressar. Por isso o medo de ficar sozinho.

Você acredita que é alguém, e de repente, num momento de solidão, você começa a perceber que não é o que pensava. Isso dá medo; então quem é você? Vai levar algum tempo até o verdadeiro se expressar.

O intervalo entre os dois é chamado pelos místicos de "noite escura da alma" – uma expressão bem apropriada. Você não é mais o falso e ainda não é o verdadeiro. Você está no limbo, não sabe quem você é.

No Ocidente, principalmente, o problema é até mais complicado. Porque não desenvolveram nenhuma metodologia para descobrir o verdadeiro o mais rápido possível e abreviar essa noite escura da alma.

O Ocidente não sabe nada a respeito da meditação, e a meditação é só um nome para "ficar sozinho, em silêncio, esperando que o verdadeiro se firme".

Ela não é uma ação; é um relaxamento silencioso – porque qualquer coisa que você faça virá da sua personalidade falsa – anos de uma personalidade falsa imposta pelas pessoas que você amou, que você respeitou – e elas não tinham intenção de lhe fazer nenhum mal.

As intenções delas eram boas, elas só não tinham consciência. Não eram pessoas conscientes – os seus pais, os seus professores, os seus sacerdotes, os seus políticos – eles não eram pessoas conscientes, pelo contrário.

E até uma boa intenção nas mãos de pessoas inconscientes vira um veneno.

Portanto, sempre que você está sozinho, surge um medo profundo – porque de repente o falso começa a desaparecer, e o verdadeiro vai demorar um tempo. Faz anos que você o perdeu.  Você terá de levar em conta que essa lacuna tem de ser transposta.

A multidão é essencial para que o eu falso exista. No momento em que está sozinho, você começa a entrar em pane. É então que você precisa entender um pouquinho de meditação.

Não se preocupe, aquilo que pode desaparecer é bom que desapareça. Não há razão para se agarrar a isso – isso não é seu, não é você.

Ninguém mais pode responder à pergunta, "Quem sou eu?" – você saberá.

Todas as técnicas de meditação ajudam a acabar com o falso. Elas não dão a você o verdadeiro – ninguém pode dar isso a você. Nada que possam lhe dar pode ser verdadeiro. O verdadeiro você já tem; basta jogar fora o falso.

A meditação é só a coragem de ficar em silêncio e sozinho. Bem devagarzinho, você começa a sentir uma nova qualidade em si mesmo, uma nova vivacidade, uma nova beleza, uma nova inteligência – que não é emprestada de ninguém; ela brota dentro de você. Ela tem raízes na sua existência.

E, se você não for covarde, isso fruirá, florescerá.

Osho, em "Emoções: Liberte-se da Raiva, do Ciúme, da Inveja e do Medo"

Leia mais: http://www.palavrasdeosho.com/2012/05/o-medo-da-solidao.html#ixzz1xJsKi7pJ

sábado, 9 de junho de 2012

Uma breve história de quase tudo


Lembram a época de colégio que era mania desenhar diversos bonequinhos nas folhas do caderno e depois passávamos as folhas bem rápido para simular um desenho animado? Então, essa técnica é chamada de flipbook!
O autor desse vídeo utilizou justamente essa técnica em um trabalho no seu curso de arte, que foi chamado de “Uma breve história de quase tudo” (A Brief History of Pretty Much Everything), só que ao contrário de como fazíamos no colégio, ele não utilizo apenas um simples caderno, na verdade o cara gastou três semanas de trabalho e 2100 folhas para concluir seu trabalho, que acabou sendo aprovado com nota máxima, segundo comentário do autor no Youtube.

sábado, 2 de junho de 2012

Sobre a morte


“Precisamos pagar pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos”
Nietzsche

Nietzsche sugere que não há apenas uma morte ao longo da existência humana, no decorrer da vida, vamos vencendo etapas e devemos morrer, simbolicamente, para podermos nascer no estágio seguinte.

Essa transição de uma vida a outra é o que as tribos mais ligadas à terra chamam de “rito de passagem”, um momento que nossa civilização vem abandonando.

O antropólogo catalão J. M. Fericgla comenta o assunto:

“Sem entrar no mérito da religião, a primeira comunhão era tradicionalmente um rito de iniciação: uma porta simbólica que conduzia da infância à puberdade. Os meninos ganhavam suas primeiras calças compridas após a cerimônia, transformando-se em homenzinhos. Isso coincidia com a permissão para sair à rua sozinhos, mesmo que apenas para comprar pão. O padrinho costumava abrir uma conta-corrente no nome do afilhado. Também no momento da primeira comunhão os meninos ganhavam seu primeiro relógio, o que significava um controle adulto do tempo.”

Um bom exercício para tomar consciência das vidas que existem dentro de nossa vida é fazer uma relação das etapas que já superamos e verificar se houve algum rito de passagem entre uma e outra. Depois podemos perguntar a nós mesmos: “ qual é a próxima vida em que quero nascer?”

Allan Percy

sábado, 24 de dezembro de 2011

Curitiba foi Capital do Brasil

Matéria da Rede Record com nossas pesquisas sobre o desconhecido fato de Curitiba ter sido, em 1969, Capital do Brasil.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

domingo, 20 de novembro de 2011

OVOS OU BACON? COMO SE DEDICAR AO TRABALHO SEM SE MATAR

Qual é o significado do trabalho na sua vida? Você já fez essa pergunta para si mesmo? Atualmente o trabalho tem trazido conflitos imensos para todos nós, enquanto uns sonham com a oportunidade do primeiro emprego ou de uma recolocação no meio ocupacional, outros se encontram em meio a um outro dilema: Como trabalhar bem e continuar mantendo um bom nível de qualidade de vida? Se não ter um trabalho pode ser desesperador, não ter tempo para usufruir as conquistas obtidas através dele, também pode ser extremamente frustrante.

Em uma recente pesquisa acerca das prioridades de vida dos profissionais, descobriu-se que entre 36 e 45 anos de idade praticamente 70% dos executivos brasileiros estão completamente focados na carreira, ou seja, não estão preocupados com as suas necessidades pessoais, apenas 18% tem a preocupação de equilibrar vida pessoal e profissional. Já entre os mais velhos, entre 45 e 55 anos, o processo é diferente, a busca por uma vida mais equilibrada cresce para 25% e o interesse pela ascensão profissional cai para 62%. Certamente você pode estar pensando: “Lógico, os mais velhos já conquistaram tudo que ambicionavam.” Esse é um bom momento para realizar alguns questionamentos:
  • Será que só temos direito de desfrutar a vida após os 55 anos?
  • Será que se procurássemos ter vida própria em uma proporção mais equilibrada com a vida profissional, ao final não obteríamos as mesmas conquistas e sendo mais felizes?
  • O que é preciso efetivamente ser conquistado para se viver bem?
  • Até que ponto você quer ou até que ponto vale renunciar tudo pelo trabalho?
Existe uma piada no mundo corporativo sobre uma parceria entre um porco e uma galinha. “Esses dois personagens se encontraram em um happy hour e têm a idéia de montar um grande negócio: a produção de ovos com bacon. Alguns dias depois, na primeira reunião formal para detalhar o empreendimento, ambos continuam motivados com a idéia, mas o porco traz olheiras profundas. ‘Não consigo dormir há dias, pensando em como resolver o grande problema da sociedade’, diz ele. ‘É que você bota ovos, mas continua viva e eu, para produzir o bacon, tenho que morrer’.”

Muitos profissionais encaram a dedicação profissional com a mesma dramaticidade do porco, é preciso dar a própria vida pela empresa. Isso não é ser comprometido, é ser suicida ou no mínimo, em um curto espaço de tempo, uma pessoa muito mal humorada, depressiva e infeliz. Para trabalhar bem é preciso estar bem, em primeiro lugar, consigo mesmo.

Muitos teóricos afirmam que o trabalho pode trazer tanto ou mais prazer que a vida pessoal, isso não é verdade. O trabalho certamente traz realização, mas quem trabalha sabe que as pressões são grandes, que o reconhecimento nem sempre vem e que as empresas descartam as pessoas com muita facilidade. Justamente devido a isso é que não se deve apostar todas as fichas da vida no trabalho, é preciso outras vertentes de felicidade e realizações e cada um deve procurar as suas. Não podemos entrar na dança corporativa e acreditar que devemos ser medidos pelas horas do dia que passamos na empresa ou nos sacrificando por ela. A obrigação de um bom profissional é realizar as suas atividades com dedicação, ética e qualidade, sendo comprometido com trabalho e não escravo dele. Caso contrário a chance de virarmos bacon, será infinita.