terça-feira, 9 de junho de 2009

HOMEM SOL

Seus olhos são graúdos, profundos e intensos. Se, Machado de Assis retrata a ressaca do olhar de Capitu eu me dou à liberdade de retratar o olhar do homem sol: curador de qualquer ressaca; através do olhar ele transpassa paz. Paz que vem da alma e alma grande esse homem tem de sobra!

Caminhava pela rua irradiando luz solar, Apolo seu padrinho o havia presenteado com esse dom: emanar luz através de seu sorriso, seduzir com seu sorriso e ás vezes –muitas eu diria – alguns ficavam cegos com sua luz e perdiam-se no encanto doce de sua languidez inconsciente.

Muitos o queriam, outros fugiam dele e evitavam enxerga-lo de fato, talvez por medo de serem tomados por sua luz cativante. Mas, aqueles que se enchiam de coragem e retiravam os óculos, ao contrário da cegueira – como era temido – experimentavam nitidez.

Uma vez um herói no meio de sua saga o encontrou; era primavera, e esse fato ajudou bastante para a clareza da visão, mas, o que queremos dizer e onde queremos chegar com tudo isso é bem complexo assim como todas as jornadas.

Os encontros desencontrados do homem feito de sol o perseguiram durante muito tempo, talvez por falta de crença, talvez por falta de projeção da luz, até que um dia... Um dia sempre chega, ou sempre se chega ao dia que se espera chegar, e ele como era amigo do tempo tinha paciência de esperar. Esperou. Concretizou, batalhou, errou e acertou – lembrou-se da saga do herói e dos muitos conselhos passados por ele – levantou quando caiu. Mais levantou do que caiu- quase caiu – sustentou.

Hoje o homem sol é herói, e além de luz descobriu que também é guerreiro, sua saga ainda não terminou, mas, nenhuma saga termina do dia para a noite – a saga nem termina para falar a verdade – pois saga representa vida e vida representa intensidade;

Ele ainda não sabia das novidades intensas previstas pelo oráculo de Apolo, mas, podia senti-las de forma intuitiva em cada pulsar de sangue iluminado em suas veias, pois era acostumado com as mudanças, mesmo que ás vezes se acomodasse com elas - não negativamente - apenas por não entender que para correr adiante teria que aumentar a luz.

Curitiba, abril de 2009.


Humberto Gomes

sábado, 6 de junho de 2009

NÃO O SUFICIENTE

Ás vezes ele acordava pensando o que seria do seu dia, da sua semana, do seu mês, do seu ano... Então respirava profundamente e contemplava a manhã pela janela, escovava os dentes e decidia se o café seria muito saudável, leve ou reforçado com direito a algum tipo de doce.

Naquele dia especialmente, sentia uma vontade de mandar embora algumas coisas que não existiam mais, ou que pelo menos pareciam não existir, mas, insistiam em fazer uma visitinha grega... Leu algumas palavras aleatórias de um dos muitos livros que tem e saiu: foi correr. E correu, transpirou muito, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração, a alma – Vale à pena lembrar que sentiu apertos na garganta enquanto observava os alongamentos em uma sala fria, sentiu vontade de entender os outros, os limites dos outros, talvez para poder entender os seus.

Tomou banho e saiu, ia ser avaliado naquela tarde, mas somos avaliados todas as manhãs, tardes e noites, que diferença teria ou faria? Sentiu-se leigo e desprovido de um conhecimento que talvez pudesse ter desenvolvido e ou absorvido com mais esmero; caminhou pensando sobre isso e constatou que o conhecimento que tinha vinha da arte de observar e absorver vida, mundo...

No dia anterior tinha tido problemas com um cartão de banco, “corriqueirices” do dia-a-dia que atrapalham o fluxo ou nos levam de volta a alguns lugares – como, por exemplo: as antigas moradas, os antigos porteiros, as antigas ruas... Antigas na visão dele, claro, pois elas fizeram parte de um cotidiano até redundante, eu diria, mas tinham um sabor de novidade nostálgica naquela tarde. Ah, o cartão? Ele terá que ir ao banco noutro dia; as correspondências foram devolvidas, afinal ele não mora mais em nenhum daqueles lugares.

Acreditava, porém nas coincidências, nas coisas mágicas, inclusive no simples abrir de um portão para alguém que não conhecia, mas sabia da existência, sabe como?

Porém o nó continuava apertando, fazia calor, transpirava, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração, a alma – Lavou o rosto e as mãos, entrou numa livraria e tentou encontrar um livro que dissesse alguma novidade aleatória... Acabou na seção de astrologia (o que não era grande novidade) e a previsão dizia:
-“Pessoas nascidas nesse dia são práticas na vida, enfrentam problemas com naturalidade, mas, tem dificuldade em se relacionar".

Fechou o livro e resolveu ir embora. Comprou chá gelado e foi ao cinema, encontrou rostos conhecidos, interagiu, até com os estranhos – como era de costume. Que raio de dificuldade é essa afinal? Indagava a si mesmo. Não quis pensar, preferiu esperar, não atropelar.

O filme era delicado, esperançoso, um pouco piegas talvez. Mas ele acreditava em pieguices e gostava delas na maioria das vezes, ele era um apaixonado. Emocionou-se, mas não chorou, apenas lacrimejou, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração e a alma.

Dirigiu pela cidade e resolveu voltar para casa, à água caiu no corpo, estava feliz, introspectivo, e calado. Deitou e pensou nas possibilidades com otimismo. Adormeceu.

Curitiba, 3 de março de 2009



Humberto Gomes

quarta-feira, 3 de junho de 2009

AUSTRALIANA FOTOGRAFA COBRA ENGOLINDO MARSUPIAL

Uma jovem australiana fotografou uma serpente de três metros e meio atacando um possum (um tipo de marsupial australiano semelhante a um gambá) no centro de Darwin, cidade no extremo norte da Austrália.
Natalie Calleja estava jantando com três amigas em uma casa no centro da cidade, quando decidiu pegar um pouco de ar fresco na rua.
De repente, ela ouviu um grande estrondo e viu uma cobra píton caindo de uma árvore enrolada no animal.
"Foi um grande choque, especialmente porque isso aconteceu no centro da cidade", disse Calleja, que tirou as fotos.
"Nós presenciamos a cobra apertar o possum até a morte, e ouvimos os ossos quebrando. Mas não podíamos fazer nada", disse ela a BBC Brasil.
"Na verdade foi incrível de ver, pois não é sempre que se tem oportunidade de ver a natureza agindo assim".
Segundo Calleja, o episódio acabou tornando-se o assunto do jantar.
"Depois telefonei para um caçador de cobras e esperei que ele chegasse, para coletá-la e levá-la para um lugar seguro".
As serpentes píton são nativas da África, Ásia e Austrália. Apesar de ser considerada uma das maiores cobras do mundo, a espécie não é venenosa.



Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090515_cobrapossumgv_ba.shtml?g0=3#imagegallery0

segunda-feira, 1 de junho de 2009

TWITTER SOFRE ATAQUE. DE NOVO


SÃO PAULO - Ontem, os usuários do microblog Twitter sofreram mais uma vez com a ação de um verme digital no serviço. Está virando rotina. É a terceira praga que ataca o serviço em dois meses.

Dessa vez, a praga digital atacou por meio de uma mensagem com as palavras “Best Video” e um link que direcionava para o site http://juste.ru. Ao clicar no link, o usuário acessava uma página cujo código captura informações da conta do Twitter, como a senha, por exemplo.

Por conta desse incidente de segurança, os engenheiros do Twitter alertam para os usuários do serviço não clicarem nas mensagens com a expressão “Best Video” ou em links que remetam ao site infectado. Pelo menos até a vulnerabilidade ser corrigida.

Devido à ação do verme digital, os engenheiros do Twitter bloquearam algumas contas infectadas, que servem para espalhar o vírus. Se você, internauta, é um dos donos dessas contas, fique tranquilo. O Twitter, em sua página de status do serviço, explica que elas serão liberadas quando os vermes forem liquidados

Fonte: Info Exame