sábado, 31 de outubro de 2009

HALLOWEEN: UM POUCO SOBRE O DIA DAS BRUXAS

A palavra Halloween tem origem na Igreja católica. Vem de uma corrupção contraída do dia 1 de novembro, "Todo o Dia de Buracos" (ou "Todo o Dia de Santos"), é um dia católico de observância em honra de santos. Mas, no século V DC, na Irlanda Céltica, o verão oficialmente se concluía em 31 de outubro. O feriado era Samhain, o Ano novo céltico.
Alguns bruxos acreditam que a origem do nome vem da palavra hallowinas - nome dado às guardiãs femininas do saber oculto das terras do norte (Escandinávia).

O Halloween marca o fim oficial do verão e o início do ano-novo. Celebra também o final da terceira e última colheita do ano, o início do armazenamento de provisões para o inverno, o início do período de retorno dos rebanhos do pasto e a renovação de suas leis. Era uma festa com vários nomes: Samhain (fim de verão), Samhein, La Samon, ou ainda, Festa do Sol. Mas o que ficou mesmo foi o escocês Hallowe'en.

Uma das lendas de origem celta fala que os espíritos de todos que morreram ao longo daquele ano voltariam à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os celtas acreditavam ser a única chance de vida após a morte. Os celtas acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos espíritos se misturassem com o dos vivos.

Como os vivos não queriam ser possuídos, na noite do dia 31 de outubro, apagavam as tochas e fogueiras de suas casa, para que elas se tornassem frias e desagradáveis, colocavam fantasias e ruidosamente desfilavam em torno do bairro, sendo tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que procuravam corpos para possuir, (Panati).

Os Romanos adotaram as práticas célticas, mas no primeiro século depois de Cristo, eles as abandonaram.

O Halloween foi levado para os Estados Unidos em 1840, por imigrantes irlandeses que fugiam da fome pela qual seu país passava e passa ser conhecido como o Dia das Bruxas.


TRAVESSURAS OU GOSTOSURAS? (TRICK-OR-TREAT)
A brincadeira de "doces ou travessuras" é originária de um costume europeu do século IX, chamado de "souling" (almejar). No dia 2 de novembro, Dia de Todas as Almas, os cristãos iam de vila em vila pedindo "soul cakes" (bolos de alma), que eram feitos de pequenos quadrados de pão com groselha.

Para cada bolo que ganhasse, a pessoa deveria fazer uma oração por um parente morto do doador. Acreditava-se que as almas permaneciam no limbo por um certo tempo após sua morte e que as orações ajudavam-na a ir para o céu.


ABÓBORAS E VELAS: JACK O'LANTERN (JACK DA LANTERNA)

A vela na abóbora provavelmente tem sua origem no folclore irlandês. Um homem chamado Jack, um alcoólatra grosseiro, em um 31 de outubro bebeu excessivamente e o diabo veio levar sua alma. Desesperado, Jack implora por mais um copo de bebida e o diabo concede. Jack estava sem dinheiro para o último trago e pede ao Diabo que se transforme em uma moeda. O Diabo concorda. Mal vê a moeda sobre a mesa, Jack guarda-a na carteira, que tem um fecho em forma de cruz. Desesperado, o Diabo implora para sair e Jack propõe um trato: libertá-lo em troca de ficar na Terra por mais um ano inteiro. Sem opção, o Diabo concorda. Feliz com a oportunidade, Jack resolve mudar seu modo de agir e começa a tratar bem a esposa e os filhos, vai à igreja e faz até caridade. Mas a mudança não dura muito tempo, não.

No próximo ano, na noite de 31 de outubro, Jack está indo para casa quando o Diabo aparece. Jack, esperto como sempre, convence o diabo a pegar uma maçã de uma árvore. O diabo aceita e quando sobe no primeiro galho, Jack pega um canivete em seu bolso e desenha uma cruz no tronco. O diabo promete partir por mais dez anos. Sem aceitar a proposta, Jack ordena que o diabo nunca mais o aborreça. O diabo aceita e Jack o liberta da árvore.

Para seu azar, um ano mais tarde, Jack morre. Tenta entrar no céu, mas sua entrada é negada. Sem alternativa, vai para o inferno. O diabo, ainda desconfiado e se sentindo humilhado, também não permite sua entrada. Mas, com pena da alma perdida, o diabo joga uma brasa para que Jack possa iluminar seu caminho pelo limbo. Jack põe a brasa dentro de um nabo para que dure mais tempo e sai perambulando. Os nabos na Irlanda eram usados como seu "lanternas do Jack" originalmente. Mas quando os imigrantes vieram para a América, eles acharam que as abóboras eram muito mais abundantes que nabos. Então Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). na América passa a ser uma abóbora, iluminada com uma brasa.

Sua alma penada passa a ser conhecida como Jack O'Lantern (Jack da Lanterna). Quem presta atenção vê uma luzinha fraca na noite de 31 de outubro. É Jack, procurando um lugar.


BRUXAS
As bruxas têm papel importantíssimo no Halloween. Não é à toa que ela é conhecida como "Dia das Bruxas" em português. Segundo várias lendas, as bruxas se reuniam duas vezes por ano, durante a mudança das estações: no dia 30 de abril e no dia 31 de outubro. Chegando em vassouras voadoras, as bruxas participavam de uma festa chefiada pelo próprio Diabo. Elas jogavam maldições e feitiços em qualquer pessoa, transformavam-se em várias coisas e causavam todo tipo de transtorno.

Diz-se também que para encontrar uma bruxa era preciso colocar suas roupas do avesso e andar de costas durante a noite de Halloween. Então, à meia-noite, você veria uma bruxa!

A crença em bruxas chegou aos Estados Unidos com os primeiros colonizadores. Lá, elas se espalharam e misturaram-se com as histórias de bruxas contadas pelos índios norte-americanos e, mais tarde, com as crenças na magia negra trazidas pelos escravos africanos.

O gato preto é constantemente associado às bruxas. Lendas dizem que bruxas podem transformar-se em gatos. Algumas pessoas acreditavam que os gatos eram os espíritos dos mortos. Muitas superstições estão associadas aos gatos pretos. Uma das mais conhecidas é a de que se um gato preto cruzar seu caminho, você deve voltar pelo caminho de onde veio, pois se não o fizer, é azar na certa.


HALLOWEEN PELO MUNDO
A festa de Halloween, na verdade, equivale ao Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados, como foi absorvido pela Igreja Católica para apagar os vínculos pagãos, origem da festa. Os países de origem hispânica comemoram o Dia dos Mortos e não o Halloween. No Oriente, a tradição é ligada às crenças populares de cada país.

Espanha
Como no Brasil, comemora-se o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro e Finados no dia seguinte. As pessoas usam as datas para relembrar os mortos, decorando túmulos e lápides de pessoas que já faleceram.

Irlanda
A Irlanda é considerada como o país de origem do Halloween. Nas áreas rurais, as pessoas acedem fogueiras, como os celtas faziam nas origens da festa e as crianças passeiam pelas ruas dizendo o famoso “tricks or treats” (doces ou travessuras).

México
No dia 1º comemora-se o Dia dos Anjinhos, ou Dia dos Santos Inocentes, quando as crianças mortas antes do batismo são relembradas.
O Dia dos Mortos (El Dia de los Muertos), 2 de novembro, é bastante comemorado no México. As pessoas oferecem aos mortos aquilo que eles mais gostavam: pratos, bebidas, flores. Na véspera de Finados, família e amigos enfeitam os túmulos dos cemitérios e as pessoas comem, bebem e conversam, esperando a chegada dos mortos na madrugada.
Uma tradição bem popular são as caveiras doces, feitas com chocolate, marzipã e açúcar.

Tailândia
Nesse país, existe o festival Phi Ta Khon, comemorado com música e desfiles de máscaras acompanhados pela imagem de Buda. Segundo a lenda, fantasmas e espíritos andam entre os homens. A festividade acontece no primeiro dia das festas budistas.


ALGUNS SIGNIFICADOS SIMBOLICOS
a abóbora: simboliza a fertilidade e a sabedoria
a vela: indica os caminhos para os espíritos do outro plano astral.
o caldeirão: fazia parte da cultura - como mandaria a tradição. Dentro dele, os convidados devem atirar moedas e mensagens escritas com pedidos dirigidos aos espíritos.
a vassoura: simboliza o poder feminino que pode efetuar a limpeza da eletricidade negativa. Equivocadamente, pensa-se que ela servia para transporte das bruxas.
as moedas: devem ser recolhidas no final da festa para serem doadas aos necessitados.
os bilhetes com os pedidos, devem ser incinerados para que os pedidos sejam mais rapidamente atendidos, pois se elevarão através da fumaça.
a aranha - simboliza o destino e o fio que tecem suas teias, o meio, o suporte para seguir em frente.
o morcego - simbolizam a clarividência, pois que vêem além das formas e das aparências, sem necessidades da visão ocular. Captam os campos magnéticos pela força da própria energia e sensibilidade.
o sapo - está ligado à simbologia do poder da sabedoria feminina, símbolo lunar e atributo dos mortos e de magia feminina.
gato preto - símbolo da capacidade de meditação e recolhimento espiritual, autoconfiança, independência e liberdade. Plena harmonia com o Unirverso


CORES:
Laranja - cor da vitalidade e da energia que gera força. Os druidas acreditavam que nesta noite, passagem para o Ano Novo, espíritos de outros planos se aproximavam dos vivos para vampirizar a energia vital encontrada na cor laranja.
Preto - cor sacerdotal das vestes de muitos magos, bruxas, feiticeiras e sacerdotes em geral. Cor do mestre.
Roxo - cor da magia ritualística.



Fontes de Referência:
Folha de São Paulo
Estadinho (30/10/1999)
Guia dos curiosos http://www.guiadoscuriosos.com.br

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

BENÇÃO CELTA


No dia que o peso apoderar-se dos teus ombros, e tropeçares,
que a argila dance, para equilibrar-te!

E, quando teus olhos congelarem, por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda chegar a ti...
Que um bando de cores, índigo,vermelho,verde
E azul celeste, venha despertar em ti,
Uma brisa de alegria.

Quando a vela se apagar no barquinho do pensamento,
e uma sensação de escuro estiver sobre ti,
que surja para ti, uma trilha de luar amarelo,
para levar-te a salvo pra casa.

Que o alimento da terra seja teu!
Que a claridade da luz te ilumine!
Que a fluidez do oceano te inunde!
Que a proteção dos antepassados,
esteja com você!

E assim...
que um vento teça essas palavras de amor á tua volta,
num invisível manto, para zelar por tua vida, onde estiveres.

Que assim seja!!
E assim se faça.

domingo, 20 de setembro de 2009

BENÇÃO IRLANDESA
















Que o caminho venha ao teu encontro.
Que o vento sempre sopre às tuas costas e a chuva caia suave sobre teus campos.

E até que voltemos a nos encontrar, que Deus te sustente suavemente na palma de sua mão. Que vivas todo o tempo que quiseres e que sempre possas viver plenamente.





Lembra sempre de esquecer as coisas que te entristeceram,
porém nunca esqueças de lembrar aquelas que te alegraram.
Lembra sempre de esquecer os amigos que se revelaram falsos,porém nunca esqueças de lembrar aqueles que permaneceram fiéis.

Lembra sempre de esquecer os problemas que já passaram,
porém nunca esqueças de lembrar as bênçãos de cada dia.
Que o dia mais triste de teu futuro não seja pior que o dia
mais feliz de teu passado. Que o teto nunca caia sobre ti e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam. Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio, uma lua cheia em uma noite escura, e que o caminho sempre se abra à tua porta.

Que vivas cem anos, com um ano extra para arrepender-te.
Que o Senhor te guarde em sua mão, e não aperte muito
seus dedos. Que teus vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem, os anjos te protejam, e o céu te acolha.

E que a sorte das colinas Celtas te abrace. Que teus bolsos
estejam pesados e teu coração leve. Que a boa sorte te persiga, e a cada dia e cada noite tenhas muros contra o vento, um teto para la chuva, bebidas junto ao fogo,
risadas que consolem aqueles a quem amas, e que teu coração se preencha com tudo o que desejas.

Que Deus esteja contigo e te abençoe, que vejas os filhos
de teus filhos, que o infortúnio te seja breve e te deixe
rico de bênçãos. Que não conheças nada além da felicidade,
deste dia em diante. Que Deus te conceda muitos anos de vida; com certeza Ele sabe que a terra não tem anjos suficientes… ...e assim seja a cada ano, para sempre!

Deixe que sua imaginação voar alto e solta.
Aposte na sua coragem, Você poderá se surpreender
com os resultados adquiridos!

domingo, 13 de setembro de 2009

OS ESQUISOTÉRICOS E A NOVA ERA

Esquisotéricos, o que é isso? Olha, é uma turminha barra pesada que senta lá no fundo. Falam muito, repetem sempre que têm uma oportunidade: "isso é quântico" e sabem tudo a respeito de tudo. Dominam os assuntos espirituais, anjos, demônios, espiritismo, bruxaria, tarô, Cabala, conhecimentos maçônicos, cristais, consciência quântica e por aí vai. Alguns até já são mestres e profundos conhecedores da alma humana após lerem alguns livros do "Paulo Coelho" (nada contra o Paulo Coelho, muito pelo contrário, ele sabe como ganhar dinheiro e isso é um dom!). Mas não confundam os esquisotéricos com os místicos verdadeiros, que procuram respostas e sentido para suas vidas de uma forma sincera, seguindo um parâmetro espiritual sadio, com referências baseadas em trabalhos sérios e com muita profundidade de consciência em tudo que fazem ou se esforçam para atingir.

Conheci certa vez uma terapeuta esquisotérica, que previu que seu cliente iria casar "três vezes" porque antes de iniciar a consulta ao tarô, deixou cair três lâminas aos pés do cliente (uma coisa sem pé nem cabeça!!!). Mas as loucuras ou melhor as esquizitices não param por aí. Existem pessoas que dão cursos de desdobramento astral e nunca saíram do corpo. Quando o assunto é reencarnação, aí o bixo pega: você já reparou que todo mundo foi em uma outra vida um grande personagem histórico? Plebeu, jamais! Alguns falam de chacras e energias possantes que brotam de suas mentes ou de seus corações e, no entanto, são incapazes de direcionar um milésimo dessa energia para o bem de alguém.

Os esquisotéricos não se aprofundam em nada, no entanto, são mestres em tudo! O pior é que tem muita gente que segue esses espertos com uma fé cega na esperança de que esse ser "iluminado", "instrumento do altíssimo", possa - quem sabe - mudar suas vidas em um passe de mágica! E os esquisotéricos que são especialistas em carma? Para esses tudo é carma, mesmo que o problema tenha sido originado nesta vida, em um trauma na infância, por exemplo, e que possa ser explicado através da psicologia ou da medicina. Tem alguns que dizem que o carma é uma "espécie de vingança da natureza". Já ouvi isso!

E os textos que encontramos em blogs e sites especializados em mestres e parábolas? Todos dão lições de moral e denotam um profudo saber. Entre nós; não são um porre? Palavras soltas ao vento, na realidade. Impressionam, mas estão vazias de sentido prático. Um terror, na realidade!
Cursos lotados, palestras, livros lançados e pessoas impressionadas. Lá estão os esquisotéricos mostrando todo o seu "conhecimento". Falam do amor verdadeiro com "profunda maestria" (mas alguns são separados e odeiam o(a) ex, ou dão seus pulinhos fora do casamento). Almas gêmeas? Eles dão preciosas dicas de como reconhecê-las e todos, sem excessões, não sabem se um dia encontrarão a sua, sejá lá o que for uma alma gêmea. Gnomos? Eles batem altos papos quase todo santo dia, afinal de contas, são muito íntimos dos elementos da natureza. Eles os atendem sempre e em todos os seus desejos. Falam de vida após a morte, mas alguns tem verdadeiro pavor de espíritos. Dar para entender esse povo? E o contra-senso não para por aí! Alguns citam o poder pessoal latente dentro de todo o indivíduo e que pode ser ativado a qualquer momento e adivinhem por quem e como? Exatamente! Por eles, e uma nova técnica baseada em um conhecimento antigo que veio da índia ou do Egito, e que eles "adaptaram" e desenvolveram para esse fim, é óbvio! No entanto, muitos deles, jamais iriam a um curso ou uma palestra de como desenvolver a paciência e a compreensão em busca do perdão porque é chato.

Eu poderia enumerar muita coisa ainda, mas não vale a pena! Então fico me perguntando: onde vamos parar? É isso a Nova Era? A Era de Aquarius é uma Era de revelações. Mas precisamos prestar mais a atenção nas revelações que andam aparecendo por aí. Será que tudo isso que está sendo oferecido se chama espiritualidade? Segundo as Antigas Escolas de Mistérios, a verdadeira espiritualidade está presente em nós mesmos! Espíritos elevadíssimos nasceram em nosso planeta com este propósito: ensinar o homem a reconhecer sua natureza divina. Buda, Jesus, São Francisco de Assis, Santo Agostinho, são bons exemplos à serem seguidos. Temos parâmetros, porque não os usamos? Ocultistas sérios, contribuiram com excelentes trabalhos a causa da espiritualidade: Helena Petrovna Blavatsky, Franz Hartmann, Papus, Georg Ivanovitch Gurdjieff sem esquecer de Paracelso e de Aleister Crowley.

Mas porque as pessoas se perdem tanto em sua caminhada espiritual e acabam encontrando somente esquisotéricos em seu caminho? Por que elas não passam um filtro nas informações recebidas e não seguem parâmetro algum para comparar as informações. Não sou dono da verdade, até porque não acredito em verdades. Cada indivíduo tem a sua. Mas acredito na busca honesta da espiritualidade. Acredito na falta de ego dos Grandes Mestres e por isso eram grandes! E este é o maior problema da Nova Era: Egos inflados! Basta ter ego, para não ser um mestre. E os antigos mestres, como Jesus, davam aos seus discípulos a linha e o anzol e ensinavam a pescar! Eles não mostravam o caminho, eles se tornavam o caminho.

Há um ditado Zen que diz: "Se você encontrar Buda no caminho, mate-o". Parece um disparate? Não, na realidade não é. Se um discípulo amar tanto Buda e seus ensinamentos e adorá-lo acima de todas as coisas, essa adoração se tornará com certeza, a mais difícil de todas as barreiras já encontradas no caminho da sua espiritualidade e esse discípulo não poderá se unir a Deus na totalidade, porque embora 99,9% do seu ego tenha se dissolvido e superado os véus da ilusão, este 0,01% restante que representa seu amor por Buda e seus ensinamentos além da gratidão pelo conforto recebido nos momentos de desespero, ainda representam o ego em sua totalidade e isso o impossibilita de se unir a Deus. Então, o que significa a frase? O significado é até muito simples de se entender: "Mate seu apego a professores e coisas externas, não se fixe em nada, não crie raízes em nada e o ego desaparecerá!" Mais resumido? Não seja dependente. Aprenda algo hoje, absorva e abandone logo em seguida. É por aí que a consciência se amplia.

"Paga-se mal a um mestre, quando se continua sempre a ser o aluno"
(Friedrich Nietzsche, Ecce Homo, Prólogo, parágrafo 4)

Busque informações, faça cursos, leia bons livros, mas seja acima de tudo, criterioso com o caminho que você irá escolher. Não procure muletas para se apoiar, não eleja ninguém um super-tudo, você não precisa. Seja consciente para não se arrepender mais tarde devido ao tempo desperdiçado com coisas inúteis e egos inflados...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

PARÁBOLA SOBRE CONHECIMENTO


Conta uma parábola de nativos americanos, que o Criador reuniu todos os animais e disse: ''Quero esconder algo dos Humanos, até que eles estejam prontos para isso - o conhecimento de que eles podem criar sua própria realidade.''

''Dê-o para mim. Eu o esconderei na Lua'', disse a águia."

''Não! Em breve eles chegarão até lá e o encontrarão!''

''O quê diria de escondê-lo no fundo do Oceano?” pergunta o salmão.

''Não! Lá eles também o encontrarão!'' -

“Eu poderei enterrá-lo nos prados longínquos'', disse o búfalo.

''Eles em breve o escavarão e o encontrarão ali.''

''Ponha-o dentro deles'', disse a sabia bisavó marmota."

''Feito!'' - disse o Criador. "'Esse será o ultimo lugar onde eles o buscarão.''
(David Icke - LEGENDA NATIVA AMERICANA)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

COISAS DE PORTUGUAL

Lembrando também que a região GLÚTEA (bunda) lá chama-se CU. Assim, quando a mãe diz que vai aplicar uma injeção na nádega do rapaz diz ' vou aplicar uma pica no cu do puto' e se for uma palmada numa criança fala ' meto-te cinco dedos no cu, canalha'

sábado, 15 de agosto de 2009

15 DE AGOSTO (DIA DOS SOLTEIROS) CONHEÇA SETE PONTOS POSITIVOS DE SER UM DELES

Com o passar do tempo, começam as cobranças: "Quando vai casar?", "Ainda não arrumou um namorado?", "Vai ficar para titia, hein?". Boa parte dos solteiros (ou talvez todos eles) já ouviu algo do tipo, como se a situação significasse algo ruim. Mas não é bem assim, tanto é que existe até um dia para comemorá-la: 15 de agosto. Da mesma forma que há casados infelizes, muitos solteiros esbanjam alegria por aí.

A jornalista Rosa Demergian, de 50 anos, faz parte do grupo de bem com a vida. "Hoje, estou muito melhor sozinha do que com alguém." No entanto, não se classifica como uma solteira convicta, mas bem adaptada. Nunca se casou simplesmente porque as circunstâncias não levaram a isso. Não cria expectativas sobre o assunto e, se surgir a oportunidade de dividir a vida com alguém interessante, ótimo. Caso não role nada mais intenso, sem problemas também. "Eu me curto muito sozinha, mas não quer dizer que não goste de namorar. Tenho meus affairs de vez em quando, mas antes só do que mal acompanhada."

De acordo com psicólogos, é realmente possível ser feliz sozinho, sim. "Se uma opção não traz problemas para você e nem para os outros, no sentido de prejudicar alguém, é uma escolha possível", diz Antonio Carlos Amador Pereira, psicólogo, psicoterapeuta e professor do curso de psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. O principal é ter capacidade de manter bons relacionamentos, sejam amorosos ou de amizade.

Ailton Amélio da Silva, psicólogo do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro Relacionamento Amoroso: Como Encontrar Sua Metade Ideal e Cuidar Dela, lembra que há mecanismos que incentivam as pessoas a terem parceiros. Segundo ele, quem não tem parceiro pode estar em fase de transição. "Ficar sozinho também é importante, como quando se termina um relacionamento longo, para se equilibrar", afirma.

Os motivos para permanecer solteiro podem ser os mais distintos, passando por priorizar outros aspectos da vida, não ter encontrado alguém especial, estar decepcionado com experiências passadas. Satisfeitos ou não com a falta de um cobertor de orelha, os descompromissados contam com uma lista de benefícios, que muitas vezes fica escondida sob os olhares reprovadores da sociedade. Confira abaixo sete pontos positivos para comemorar com muita alegria o Dia do Solteiro, pelo menos enquanto este for seu "estado civil".

1 - Liberdade

Talvez seja o item que mais cause aquela inveja a muitos compromissados por aí. Poder fazer o que quiser, na hora que bem entender, sem ouvir reclamações ou cobranças, é muito bom, não? A solteira Rosa Demergian, de 50 anos, que o diga. Desfruta ao máximo desse detalhe. "Hoje, moro sozinha e não imaginaria mais alguém falando para não fazer peixe porque não gosta do cheiro que fica na casa, por exemplo. Recebo quem eu quero em casa, acordo, durmo e saio quando tenho vontade."

Os homens que deixaram de jogar futebol ou tomar um chope geladinho com os amigos por conta da parceira devem ter pensado, ao menos um pouco, nessa tal liberdade, assim como as mulheres que se privam de dançar em uma festa porque os acompanhantes não gostam e nem querem arriscar alguns passos na pista povoada de solteiros se esbaldando.

2 - Longe de hábitos irritantes
Viver longe de hábitos irritantes do parceiro agradaria, e muito, quem é casado ou vive junto. A mulherada costuma sair do sério quando encontra toalha molhada em cima da cama, cueca jogada pelo quarto, tampa do vaso sanitário levantada. Já os homens tendem a se incomodar com a calcinha pendurada perto do chuveiro, as dezenas de pares de sapato jogados embaixo da cama.

Podem parecer coisas banais, mas, com o tempo, os hábitos chegam a ter o poder de se tornar verdadeiros estopins de discussões feias. Portanto, solteiros, muitos casais brindariam de felicidade por terem em apenas um dia o que vocês conseguem sempre: encontrar as coisas do jeito que gostam quando chegam em casa depois de um longo dia de trabalho.

3 - Investir em oportunidades
Imagine a situação: você almeja há muito tempo uma promoção na empresa onde trabalha e, quando ela finalmente acontece, está vinculada a uma mudança de cidade ou Estado. A possibilidade de um solteiro aceitar a proposta tentadora é muito maior, não? Afinal, se optar pela oferta, não vai ter um parceiro para reclamar e, até, fazer com que deixe de lado o sonho do crescimento profissional.

4 - Economia
Estar solteiro também tem suas vantagens financeiras. Fica livre de gastar com presentes, flores, jantares românticos e motel na série de datas comemorativas: Dia dos Namorados e aniversários de namoro, casamento, primeiro beijo. Além disso, a conta telefônica também é menor, já que não existe aquela enrolação típica dos apaixonados de decidir quem é o primeiro a desligar enquanto os minutos e horas vão passando. Definitivamente, a conta bancária agradece!

5 - Tempo para você
Os psicólogos alertam que todos devem reservar um período para ficar sozinho, nem que seja por alguns minutos, e fazer o que gosta: ouvir música, ler, caminhar. Isso afasta ressentimentos por não dedicar-se a sua própria satisfação. Agora, fale a verdade, quem costuma conseguir com mais facilidade tempo de colocar em prática o que lhe faz bem: um solteiro ou alguém que tem de dividir a atenção com o parceiro e, ainda, os filhos? Mais um ponto a favor!

Rosa faz questão de usufruir momentos assim. Gosta de aventurar-se na cozinha, degustar aperitivos e divertir-se também sem companhia. "Gosto muito de mim. Para alguém entrar na minha vida, também precisa gostar muito de mim e me respeitar. Não vou admitir que tirem meu amor próprio."

6 - Menos compromissos sociais chatos
Depois de passar a semana inteira esperando pelo seu fim para ter tempo de concretizar o que planejou, o parceiro chega e anuncia que sábado vai ter festa na casa da sua tia-avó, com direito à reunião de todos os seus parentes mais chatos. Um belo banho de água fria! Os solteiros tendem a enfrentar menos situações como essas, porque só têm de aturar às reuniões de seus próprios familiares. Venhamos e convenhamos, é ainda mais incômodo aguentar comentários desagradáveis de alguém com quem não tem parentesco algum, né?

7 - Sozinho? Nunca!
Quem acha que estar solteiro é sinônimo de solidão está muito enganado ou nunca ouviu: "Solteiro, sim. Sozinho, nunca"? E isso não faz referência apenas a parceiros amorosos, mas também a amigos. Enquanto certos casais se isolam, os descompromissados podem muito bem manter o campo do relacionamento interpessoal ativo. Aliás, em alguns casos, são menos sós do que os casados, por exemplo. "Nunca senti solidão. Tenho amigos, saio muito. Mas, às vezes, me dá aquela vontade de estar com alguém e, de repente, os amigos não podem sair naquele dia. Mas e quantas vezes me senti sozinha estando junto? Foram muitas", lembra Rosa.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

INVERSÃO DE VALORES

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

domingo, 12 de julho de 2009

POR QUE A "EVA" COMEU A MAÇÃ?

Não foi assim fácil não!!!
No início, Eva não queria comer a maçã.
- Come - disse a serpente astuta! - e serás como os anjos!
- Não - respondeu Eva. Virando a cara para o lado!
- Terás o conhecimento do Bem e do Mal - insistiu a víbora.
- Cruzou os braços, olhou bem na cara da serpente e respondeu firme: Não!
- Serás imortal.
- Não! Já disse!
- Serás como Deus!
- Não, e NÃO! Já disse que não!
Irritadíssima, quase enfiando a maçã goela abaixo, a serpente já estava desesperada e não sabia mais o que fazer para que aquela mulher, de princípios tao rígidos e personalidade tão forte comesse a maçã.
Até que teve uma idéia, já que nenhum d os argumentos havia funcionado...
Ofereceu novamente a fruta e disse com um sorrizinho maroto:

- Come, boba!!! EMAGRECE!!!!


FOI TIRO E QUEDA!!!!

sábado, 4 de julho de 2009

TERMINO DE NAMORO

ADVOGADO TERMINANDO UM NAMORO...


Prezada Otaviana de Albuquerque Pereira Lima da Silva e Souza, face aos acontecimentos de nosso relacionamento, venho por meio desta, na qualidade de homem que sou, apesar de V.Sa. não me deixar demonstrar, uma vez que não me foi permitido devassar vossa lascívia, retratar-me formalmente, de todos os termos até então empregados à sua pessoa, o que faço com supedâneo no que segue:


A) DA INICIAL MÁ-FÉ DE VOSSA SENHORIA:


1.1. CONSIDERANDO QUE nos conhecemos na balada e que nem precisei perguntar seu nome direito, para logo chegar te beijando;


1.2. CONSIDERANDO seu olhar de tarada enquanto dançava na pista esperando eu me aproximar.


1.3. CONSIDERANDO QUE com os beijos nervosos que trocamos naquela noite, V. Sa. me induziu a crer que logo estaríamos explorando nossos corpos, em incessante e incansável atividade sexual. Passei então, a me encontrar com Vossa Senhoria.

B) DOS PREJUÍZOS EXPERIMENTADOS:


2.1. CONSIDERANDO QUE fomos ao cinema e fui eu que paguei as entradas, sem se falar no jantar após o filme.


2.2. CONSIDERANDO QUE já levei Vossa Senhoria em boates das mais badaladas e caras, sendo certo que fui eu, de igual sorte, quem bancou os gastos.


2.3. CONSIDERANDO QUE até a praia já fomos juntos, sem que Vossa Senhoria gastasse um centavo sequer, eis que todos os gastos eram por mim experimentados, e que Vossa Senhoria não quis nem colocar biquíni alegando que estava ventando muito.


C) DAS RAZÕES DE SER DO PRESENTE:


3.1. CONSIDERANDO AINDA QUE até a presente data, após o longínquo prazo de duas semanas, Vossa Senhoria não me deixou tocar, sequer na sua panturrilha.


3.2. CONSIDERANDO QUE Vossa Senhoria ainda não me deixa encostar a mão nem na sua cintura com a alegaçãozinha barata de que sente cócegas.


D) DECIDO SOBRE NOSSO RELACIONAMENTO O SEGUINTE:


4.1. Vá até a mulher de vida airada (traduzindo: puta que te pariu) que também é sua progenitora, pois eu não sou mais um ser humano do sexo masculino que usa calças curtas e a atividade sexual não é para mim um lazer, mas sim uma necessidade premente.


4.2. Não me venha com 'colóquios flácidos para acalentar bovinos' (conversa mole pra boi dormir) de que pensava que eu era diferente.


4.3. Saiba que vou te processar por me iludir aparentando ser a mulher dos meus sonhos, e, na verdade, só me fez perder tempo, dinheiro e jogar elogios fora, além de me abalar emocionalmente.

Sinceramente, sem mais para o momento, fique com o meu cordial 'vá tomar no meio do olho do orifício rugoso localizado na região ínfero-lombar de sua anatomia' (tomar no cu) que esse relacionamento já
inflou o volume da minha bolsa escrotal! (encheu o saco)


Dou assim por encerrado o nosso relacionamento, nada mais subsistindo entre nós, salvo o dever de indenização pelos prejuízos causados.

terça-feira, 9 de junho de 2009

HOMEM SOL

Seus olhos são graúdos, profundos e intensos. Se, Machado de Assis retrata a ressaca do olhar de Capitu eu me dou à liberdade de retratar o olhar do homem sol: curador de qualquer ressaca; através do olhar ele transpassa paz. Paz que vem da alma e alma grande esse homem tem de sobra!

Caminhava pela rua irradiando luz solar, Apolo seu padrinho o havia presenteado com esse dom: emanar luz através de seu sorriso, seduzir com seu sorriso e ás vezes –muitas eu diria – alguns ficavam cegos com sua luz e perdiam-se no encanto doce de sua languidez inconsciente.

Muitos o queriam, outros fugiam dele e evitavam enxerga-lo de fato, talvez por medo de serem tomados por sua luz cativante. Mas, aqueles que se enchiam de coragem e retiravam os óculos, ao contrário da cegueira – como era temido – experimentavam nitidez.

Uma vez um herói no meio de sua saga o encontrou; era primavera, e esse fato ajudou bastante para a clareza da visão, mas, o que queremos dizer e onde queremos chegar com tudo isso é bem complexo assim como todas as jornadas.

Os encontros desencontrados do homem feito de sol o perseguiram durante muito tempo, talvez por falta de crença, talvez por falta de projeção da luz, até que um dia... Um dia sempre chega, ou sempre se chega ao dia que se espera chegar, e ele como era amigo do tempo tinha paciência de esperar. Esperou. Concretizou, batalhou, errou e acertou – lembrou-se da saga do herói e dos muitos conselhos passados por ele – levantou quando caiu. Mais levantou do que caiu- quase caiu – sustentou.

Hoje o homem sol é herói, e além de luz descobriu que também é guerreiro, sua saga ainda não terminou, mas, nenhuma saga termina do dia para a noite – a saga nem termina para falar a verdade – pois saga representa vida e vida representa intensidade;

Ele ainda não sabia das novidades intensas previstas pelo oráculo de Apolo, mas, podia senti-las de forma intuitiva em cada pulsar de sangue iluminado em suas veias, pois era acostumado com as mudanças, mesmo que ás vezes se acomodasse com elas - não negativamente - apenas por não entender que para correr adiante teria que aumentar a luz.

Curitiba, abril de 2009.


Humberto Gomes

sábado, 6 de junho de 2009

NÃO O SUFICIENTE

Ás vezes ele acordava pensando o que seria do seu dia, da sua semana, do seu mês, do seu ano... Então respirava profundamente e contemplava a manhã pela janela, escovava os dentes e decidia se o café seria muito saudável, leve ou reforçado com direito a algum tipo de doce.

Naquele dia especialmente, sentia uma vontade de mandar embora algumas coisas que não existiam mais, ou que pelo menos pareciam não existir, mas, insistiam em fazer uma visitinha grega... Leu algumas palavras aleatórias de um dos muitos livros que tem e saiu: foi correr. E correu, transpirou muito, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração, a alma – Vale à pena lembrar que sentiu apertos na garganta enquanto observava os alongamentos em uma sala fria, sentiu vontade de entender os outros, os limites dos outros, talvez para poder entender os seus.

Tomou banho e saiu, ia ser avaliado naquela tarde, mas somos avaliados todas as manhãs, tardes e noites, que diferença teria ou faria? Sentiu-se leigo e desprovido de um conhecimento que talvez pudesse ter desenvolvido e ou absorvido com mais esmero; caminhou pensando sobre isso e constatou que o conhecimento que tinha vinha da arte de observar e absorver vida, mundo...

No dia anterior tinha tido problemas com um cartão de banco, “corriqueirices” do dia-a-dia que atrapalham o fluxo ou nos levam de volta a alguns lugares – como, por exemplo: as antigas moradas, os antigos porteiros, as antigas ruas... Antigas na visão dele, claro, pois elas fizeram parte de um cotidiano até redundante, eu diria, mas tinham um sabor de novidade nostálgica naquela tarde. Ah, o cartão? Ele terá que ir ao banco noutro dia; as correspondências foram devolvidas, afinal ele não mora mais em nenhum daqueles lugares.

Acreditava, porém nas coincidências, nas coisas mágicas, inclusive no simples abrir de um portão para alguém que não conhecia, mas sabia da existência, sabe como?

Porém o nó continuava apertando, fazia calor, transpirava, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração, a alma – Lavou o rosto e as mãos, entrou numa livraria e tentou encontrar um livro que dissesse alguma novidade aleatória... Acabou na seção de astrologia (o que não era grande novidade) e a previsão dizia:
-“Pessoas nascidas nesse dia são práticas na vida, enfrentam problemas com naturalidade, mas, tem dificuldade em se relacionar".

Fechou o livro e resolveu ir embora. Comprou chá gelado e foi ao cinema, encontrou rostos conhecidos, interagiu, até com os estranhos – como era de costume. Que raio de dificuldade é essa afinal? Indagava a si mesmo. Não quis pensar, preferiu esperar, não atropelar.

O filme era delicado, esperançoso, um pouco piegas talvez. Mas ele acreditava em pieguices e gostava delas na maioria das vezes, ele era um apaixonado. Emocionou-se, mas não chorou, apenas lacrimejou, mas não o suficiente para lavar e transbordar o coração e a alma.

Dirigiu pela cidade e resolveu voltar para casa, à água caiu no corpo, estava feliz, introspectivo, e calado. Deitou e pensou nas possibilidades com otimismo. Adormeceu.

Curitiba, 3 de março de 2009



Humberto Gomes

quarta-feira, 3 de junho de 2009

AUSTRALIANA FOTOGRAFA COBRA ENGOLINDO MARSUPIAL

Uma jovem australiana fotografou uma serpente de três metros e meio atacando um possum (um tipo de marsupial australiano semelhante a um gambá) no centro de Darwin, cidade no extremo norte da Austrália.
Natalie Calleja estava jantando com três amigas em uma casa no centro da cidade, quando decidiu pegar um pouco de ar fresco na rua.
De repente, ela ouviu um grande estrondo e viu uma cobra píton caindo de uma árvore enrolada no animal.
"Foi um grande choque, especialmente porque isso aconteceu no centro da cidade", disse Calleja, que tirou as fotos.
"Nós presenciamos a cobra apertar o possum até a morte, e ouvimos os ossos quebrando. Mas não podíamos fazer nada", disse ela a BBC Brasil.
"Na verdade foi incrível de ver, pois não é sempre que se tem oportunidade de ver a natureza agindo assim".
Segundo Calleja, o episódio acabou tornando-se o assunto do jantar.
"Depois telefonei para um caçador de cobras e esperei que ele chegasse, para coletá-la e levá-la para um lugar seguro".
As serpentes píton são nativas da África, Ásia e Austrália. Apesar de ser considerada uma das maiores cobras do mundo, a espécie não é venenosa.



Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/05/090515_cobrapossumgv_ba.shtml?g0=3#imagegallery0

segunda-feira, 1 de junho de 2009

TWITTER SOFRE ATAQUE. DE NOVO


SÃO PAULO - Ontem, os usuários do microblog Twitter sofreram mais uma vez com a ação de um verme digital no serviço. Está virando rotina. É a terceira praga que ataca o serviço em dois meses.

Dessa vez, a praga digital atacou por meio de uma mensagem com as palavras “Best Video” e um link que direcionava para o site http://juste.ru. Ao clicar no link, o usuário acessava uma página cujo código captura informações da conta do Twitter, como a senha, por exemplo.

Por conta desse incidente de segurança, os engenheiros do Twitter alertam para os usuários do serviço não clicarem nas mensagens com a expressão “Best Video” ou em links que remetam ao site infectado. Pelo menos até a vulnerabilidade ser corrigida.

Devido à ação do verme digital, os engenheiros do Twitter bloquearam algumas contas infectadas, que servem para espalhar o vírus. Se você, internauta, é um dos donos dessas contas, fique tranquilo. O Twitter, em sua página de status do serviço, explica que elas serão liberadas quando os vermes forem liquidados

Fonte: Info Exame

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DE UM VELHO

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos, e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."



Estou velho.

Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.

Estou velho.

Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.

Estou muito velho.

Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de meninos esquartejados pelos pais por serem 'levados'... Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Me sinto mais velho que o Oscar Niemeyer. Ele, velho como
é, ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir.

Eu não acredito em nada. Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade, por ser amado por minha mulher e filhos.

Nada mais me comove... Estou bem envelhecido.

E acabo de cometer mais um erro! Descobri que ainda sou capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo Brasil me comoveu.

Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi: 'Dai pão a quem tem fome'. Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade.

E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.

"Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-mundi, o nosso Brasil chorar:

O que houve, meu Brasil brasileiro? Perguntei-lhe! E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores. Meu povo era heróico e os seus brados retumbantes.

O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante. Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes? Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.

Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula. Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim. Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado.

Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais....Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz? Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.'? "

Mesmo que ela seja a ultima brasileira patriota, valeu a pena viver para ler o texto.

Por isso estou enviando para vocês. Mas agora que me tornei um velho emocionado, vou romper com este hábito.

De alguém que ama muito o Brasil."

Por Autor desconhecido

terça-feira, 12 de maio de 2009

sexta-feira, 1 de maio de 2009

MORADORES PROTESTAM PARA SALVAR CINEMA COMPRADO POR IGREJA UNIVERSAL EM LONDRES

Cerca de 600 pessoas realizaram no sábado uma vigília à luz de velas para protestar contra planos da Igreja Universal do Reino de Deus de transformar um cinema histórico do leste de Londres em um templo.

O prédio do EMD Cinema, inaugurado em 1887 como um salão de baile no bairro de Walthamstow, foi fechado em 2003, quando foi comprado pela igreja do bispo Edir Macedo.

Na época os planos para a conversão foram rejeitados pela administração regional de Waltham Forest. Mas agora, segundo a McGuffin Film Society, que lidera o movimento pela preservação do cinema, a Igreja Universal estaria novamente negociando a abertura do templo.

"A Igreja Universal contratou a empresa de marketing Remarkable Group para conseguir emplacar seus planos", diz a McGuffin em seu site. "Esta empresa é conhecida por ter clientes de peso, como a British Airways, a BMW e a GlaxoSmithKline."

Hitchcock e Beatles

Terry Wheeler, membro do gabinete de empreendimento e investimento de Waltham Forest, disse à BBC que o pedido da Igreja Universal junto à administração regional será analisado como "de costume", inclusive com uma consulta pública.

A ONG quer que a administração regional ofereça à Igreja Universal outro prédio desocupado, ao lado do cinema, e que este seja adquirido por empresários que queiram reabrir suas salas de projeção.

O EMD Cinema é conhecido em Londres por ter sido frequentado pelo cineasta Alfred Hitchcock quando criança, além de ter sido palco de shows dos Beatles, dos Rolling Stones e do The Who.

Durante a vigília, da qual participaram moradores de Walthamstow e atores britânicos, os manifestantes usaram máscaras com o rosto de Hitchcock e projetaram sua imagem na fachada do cinema.

A BBC não conseguiu entrar em contato com representantes da Igreja Universal para comentar sobre o assunto.


quarta-feira, 29 de abril de 2009

O QUE É A CONSCIÊNCIA?

"O que é a consciência? É simplesmente negar as suas próprias causas, não as dos outros. Se existe algo chamado consciência seria isso. Vocês disseram: "Muito bem. Eu vou ser um bom rapaz, vou ser um bom rapaz e não vou fazer mais isso. Não vou fazer mais isso. Não vou fazer mais isso. Vou ser um bom rapaz. Não vou, não vou, não vou; vou ser um bom rapaz." Sabem, ser sob nenhuma coação, sem nada parecido com isso!

Chega quarta-feira, vocês estão indo da escola para casa e tudo parece ótimo, particularmente aquelas maçãs. Então vocês pulam a cerca, sobem na macieira, pegam uma boa quantidade de maçãs e as guardam dentro da camisa, e voltam ao seu caminho para casa e começam a andar, e então, por uma razão ou outra sentem-se culpados. Ora, vocês sabem que ninguém vai chegar e os prender, não por roubar umas maçãs, e tentam entender isso. "O que está acontecendo? Será porque tenho medo que alguém me pegue ou algo assim?" E vocês consultam tudo menos os seus próprios postulados, consultam todo o resto. E então por fim vocês têm idéias estranhas de que "Tenho medo da polícia. Tenho medo que o meu pai e a minha mãe me castiguem. Tenho medo que toda a sociedade me abandone e me deixe morrer nestas áridas planícies do Bronx"; tudo menos o fato de que: "Na terça-feira passada eu disse que ia ser um bom rapaz e agora não estou sendo um bom rapaz."

Vocês são os seus próprios juízes e, acreditem em mim, muito freqüentemente são os seus próprios carrascos. Fascinante, não é?

L. Ron Hubbard

segunda-feira, 27 de abril de 2009

MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO: SEJA VISÍVEL, FÁCIL E HUMANO

SÃO PAULO - Ter uma carreira de sucesso e se dar bem no mercado de trabalho não é das tarefas mais fáceis hoje em dia. Afinal, as empresas estão procurando super-profissionais, com características difíceis de encontrar em uma multidão.

Em primeiro lugar, elas querem alguém fácil e flexível. De acordo com a vice-presidente da AAPSA (Associação Paulista dos Gestores de Pessoas), Erika Knoblauch, no contexto atual, que é de muita competitividade entre as empresas, os profissionais precisam estar preparados para assumir diferentes papéis nas organizações e se adaptar às situações mais adversas, que podem ocorrer tanto dentro da empresa quanto no ambiente macro, por exemplo, em âmbito econômico.

Manual de sobrevivência no mercado

Outra característica que pode salvar sua pele: seja humano. Isto é, saiba se relacionar com pessoas. Estas, muitas vezes, serão totalmente diferentes de você, bem como terão visão oposta com relação a determinados assuntos. Mas o relacionamento interpessoal é essencial para sobreviver, não só em uma empresa como também no seu ramo de atuação como um todo.

Quando você consegue manter um bom relacionamento com profissionais de sua área, tem maior empregabilidade. Se um dia precisar de emprego, certamente surgirão muitas oportunidades, porque as pessoas te conhecem e têm uma visão positiva acerca de seu caráter e seu trabalho.

Por fim, seja visível. Não adianta encarar desafios profissionais e se esforçar ao máximo para atingir as metas, se ninguém nota. Uma forma de ser reconhecido é pedir um feedback para a chefia acerca do seu trabalho. Na ocasião, aproveite para dar um feedback a respeito de seus projetos. Conte as dificuldades que enfrentou e, de forma humilde, revele que está satisfeito por ter conseguido transpô-las.

Outra idéia para ser visível é, de acordo com Erika, participar de grupos fora da empresa, como associações de seu ramo de atuação, e dar palestras. "Isso aumenta a visibilidade do profissional no mercado e não o deixa tão sozinho. É uma segurança a mais", finaliza a vice-presidente da AAPSA.

Fonte: UOL Economia: Plano de Carreira

sábado, 25 de abril de 2009

DIÁRIO: DIETA

Querido Diário,

Hoje começo a fazer dieta. Preciso perder 8 kg . O médico me aconselhou a fazer um diário, onde devo colocar minha alimentação e falar sobre o meu estado de espírito. Sinto-me de volta à adolescência, mas estou muito empolgada com tudo. Por mais que dieta seja dolorosa, quando conseguir entrar naquele vestidinho preto maravilhoso, vai ser tudo de bom.


Primeiro dia de dieta:
Uma fatia de queijo branco. Um copo de diet shake. Meu humor está maravilhoso. Me sinto mais leve.

Segundo dia de dieta:
Uma saladinha básica. Uma fatia de queijo branco. Algumas torradas e um copo de iogurte. Ainda me sinto maravilhosa. A cabeça dói um pouquinho, mas nada que uma aspirina não resolva.

Terceiro dia de dieta:
Acordei no meio da madrugada com um barulho esquisito. Achei que fosse ladrão. Mas, depois de um tempo percebi que era o meu próprio estômago. Roncando de dar medo. Tomei um litro de chá. Fiquei mijando o resto da noite.
Anotação: Nunca mais tomo chá à noite.

Quarto dia de dieta:
Estou começando a odiar salada. Me sinto uma vaca mascando capim. Estou meio irritada. Mas acho que é o tempo. Minha cabeça parece um tambor. Janaína (aquela estagiaria novinha) comeu uma torta alemã hoje no almoço. Mas eu resisti. Comi só duas fatias de queijo branco.
Anotação: Odeio Janaína

Quinto dia de dieta:
Juro por Deus que se ver mais um pedaço de queijo branco na minha frente, eu vomito! No almoço, a salada parecia rir da minha cara. Gritei com o boy hoje! E com a Janaína. Preciso me acalmar e voltar a me concentrar. Comprei uma revista com a Gisele na capa. Minha meta. Não posso perder o foco.

Sexto dia de dieta:
Estou um caco. Não dormi nada essa noite. E o pouco que consegui, sonhei com um pudim de leite. Acho que mataria hoje por um brigadeiro...

Sétimo dia de dieta:
Fui ao médico. Emagreci 250 gramas . Tá de sacanagem! A semana toda comendo mato. Só faltando mugir e perdi 250 gramas ! Ele explicou que isso é normal. Mulher demora mais emagrecer, ainda mais na minha idade. O FDP me chamou de gorda e velha!
Anotação: Procurar outro médico.

Oitavo dia de dieta:
Fui acordada hoje por um frango assado. Juro! Ele estava na beirada da cama, dançando dança do ventre.
Anotação: O pessoal do escritório ficou me olhando esquisito hoje, Janaína diz que é porque estou parecendo o Jack do 'Iluminado'.

Nono dia de dieta:
Não fui trabalhar hoje. O frango assado voltou a me acordar, dançando a kara karamba kara karaô dessa vez. Passei o dia no sofá vendo tv. Acho que existe um complô. Todos os canais passavam receita culinária. Ensinaram a fazer Torta de morangos, salpicão e sanduíche de rocambole.
Anotação: Comprar outro controle remoto, num acesso de fúria, joguei o meu pela janela.

Décimo dia de dieta:
Eu odeio Gisele Bundchen! Com photoshop até a Dercy Gonçalves fica gostosa.

Décimo-primeiro dia de dieta:
Chutei o cachorro da vizinha. Gritei com o porteiro. O boy não entra mais na minha sala e as secretárias encostam na parede quando eu passo.

Décimo-segundo dia de dieta:
Sopa.
Anotação: Nunca mais jogo pôquer com o frango assado. Ele rouba.

Décimo-terceiro dia de dieta:
A balança não se moveu. Ela não se moveu! Não perdi um mísero grama! Comecei a gargalhar freneticamente. Assustado, o médico sugeriu um psicólogo. Acho que chegou a falar em psiquiatra. Será que é porque eu o ameacei com um bisturi?
Anotação: Não volto mais ao médico, o frango acha que ele é um charlatão.

Décimo-quarto dia de dieta:
O frango me apresentou uns amigos. A picanha é super gente boa, e a torta, embora meio enfezada, é um doce.

Décimo-quinto dia de dieta:
Matei a Gisele Bundchen ! Cortei ela em pedacinhos e todas as fotos de modelos magérrimas que tinha em casa.
Anotação: O frango e seus amigos estão chateados comigo. Comi um pedaço do Sr. Pão. Mas foi em legítima defesa. Ele me ameaçou com um pedaço de salame.

Décimo sexto dia:
Não estou mais de dieta. Aborrecida com o frango, comi ele junto com o pão. E arrematei com a torta. Ela realmente era um doce...
Frase de Reflexão:
'Certas dietas são simples: basta cortar o açúcar, as frituras, as massas, as bebidas alcoólicas, os pães e os pulsos.'

quinta-feira, 23 de abril de 2009

POSSO TER DEFEITOS...

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

(Fernando Pessoa)

terça-feira, 21 de abril de 2009

domingo, 19 de abril de 2009

A MATERNIDADE PELO AVESSO NO NOVO ROMANCE DE BERNARDO CARVALHO

Texto por MARTA BARBOSA
Colaboração para o UOL

O novo livro de Bernardo Carvalho, "O Filho da Mãe" (ed. Companhia das Letras, 199 páginas), periga ser um dos melhores títulos brasileiros do ano, sem nenhum exagero. Com uma trama complexa e muito bem construída, o autor consegue manter a tensão na leitura até a última das 199 páginas de texto. Dramática, a história transita pela guerra da Tchetchênia, por uma São Petersburgo em obras, pelo alto mar do Japão. E tudo se converge no tema da vulnerabilidade natural a todo e qualquer ser humano, em especial às mães.

Sim, os dramas da maternidade estão no epicentro do livro. Em alguns momentos, chega a ser patética a imagem de mãe criada por Bernardo, seja na figura da personagem incapaz de proteger o filho, seja na imagem da mulher desesperada em manter um não-sentimento pelo filho que abandonou. As mães são caóticas. Estão bem distante do pedestal aonde usualmente costumam ser elevadas. E a maternidade é apresentada em seu avesso: pelo abandono, desamparo e culpa.

Em um dos dramas, Olga deixa vencer-se pelo marido que quer a todo custo ver o enteado repetir suas pesadas experiências de juventude -- o que significa sobretudo entrar para o exército russo. Em sua defesa, Olga mente, "por condicionamento e inércia". Finge acreditar que só os homens que passam pelas forças armadas são capazes de sobreviver à Rússia. Dissimula que todos os horrores aos quais o filho é submetido são necessários. Tenta não enxergar a inquietação do padrasto ao ver que o enteado pode ter uma juventude diferente da sua, longe das humilhações e superações desnecessárias da guerra. Nikolai, o padrasto, encontra na submissão da mulher o aliado para fazer com que o jovem Andrei repita sua vida trágica, como se de repetições fosse o ciclo da vida.

Em outra ponta da trama, Anna é a mãe surpreendida pelo encontro com o filho que abandonou recém-nascido. Ela foge do passado porque está certa que ninguém ama por obrigação. E fica em pânico diante da mínima possibilidade de experimentar um sentimento qualquer dessa relação borrada. Não há inocência na imaturidade de Anna, nem nas dores de Olga, Nikolai, nem do próprio Andrei. Aliás, ingenuidade é algo que não existe nos personagens conflituosos desse romance.

Entre diálogos interrompidos e frases não-ditas, chama atenção no modo de narrar do autor a escolha do tempo verbal. Bernardo é fiel ao presente, o que traz um imediatismo jornalístico ao texto. Merece destaque as passagens de perseguição que atravessam as ruas da cidade "construída para ninguém escapar". A geografia de São Petersburgo moldura toda a trama, num exercício de descrição espacial muito bem executado. Os personagens de Bernardo estão sufocados pela poeira da cidade em obras, na véspera do seu tricentenário.

Amores expressos
"O Filho da Mãe" é o segundo volume da polêmica coleção Amores Expressos, pela qual 16 autores foram (financiados pela Lei Rouanet) para alguma parte do mundo (de Nova Iorque, Lisboa a Xangai) em busca de inspiração para escrever uma história de amor. O processo de seleção dos autores e o financiamento do governo à iniciativa causaram críticas. Polêmicas a parte, é bom ver que de São Petersburgo, Bernardo Carvalho trouxe um bom livro.

O carioca Bernardo Carvalho é apontado como um dos mais criativos entre a atual leva de escritores brasileiros. É dele o excelente "O Sol se Põe em São Paulo", além de duas premiadas publicações de ficção: "Nove Noites" (prêmio Portugal Telecom) e "Mongólia" (prêmio Jabuti), todos lançados pela Companhia das Letras.
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"O Filho da Mãe"
Autor: Bernardo Carvalho
Editora:Companhia das Letras
199 páginas
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LEIA UM TRECHO DO LIVRO

Andrei sai do quartel a tempo de chegar à praça da estação às nove da noite. Não deve ser visto. As ruas ainda não estão completamente desertas, mas a essa hora, pelo menos, sua figura solitária não despertará tanta suspeita quanto se passasse por ali de madrugada. Terá que voltar antes do último metrô, pelo mesmo motivo, para não ser visto como exceção. Leva a mochila vazia nas costas, como se estivesse de licença, a caminho de casa. É um disfarce inútil. No quartel, não engana ninguém. Não volta para casa desde que entrou para o serviço militar, vai fazer um ano. Não poderia voltar nem se estivesse de licença, já que foi ex-pulso de casa. A mãe e a irmã vivem onde termina o país, sete fusos horários à frente. Não recebe notícias das duas desde que chegou a São Petersburgo. Mesmo se tivesse permissão, não se atreveria a ligar, correndo o risco de ter que falar com o padrasto, no caso de ele atender. As cartas que escreve eventualmente, à noite, não passam de exercícios de comunicação, para não perder a prática, já que não pode enviá-las. Vai rasgá-las de qualquer jeito. Não conversa com ninguém. Não fala nem mesmo com as paredes, um vício de infância ao qual costumava recorrer, quando estava só, em Vladivostok, mas que interrompeu, providencialmente, nem que tenha sido por um espírito igualmente inconsciente de sobrevivência, quando chegou ao quartel. No dia da partida, em Vladivostok, a mãe foi ter com ele na estação. Apareceu de surpresa, quando Andrei já não a esperava, e lhe entregou um farnel para a viagem; disse ao filho que ele tinha a vida pela frente e o beijou na testa. Nem a raiva que a frase lhe despertou naquele momento - e que, no decorrer dos dias, ao longo da linha de trem até São Petersburgo, foi aos poucos sendo substituída pela saudade - seria capaz de fazê-lo desejar que a mãe soubesse o que a vida se tornou, que vida é essa que ele leva agora. O soldado na guarita sabe muito bem aonde é que ele vai (é possível que também tenha sido obrigado a passar pela mesma humilhação quando recruta) e não perde a oportunidade de fazer uma gracinha. Andrei finge que não ouve. Os rumores correm à boca miúda entre os soldados e os oficiais do regimento. A asneira foi ter retrucado, a sério, que era o único filho varão de sua mãe e, portanto, arrimo de família, quando o capitão, sem deixar transparecer o tom de zombaria, ameaçou mandá-lo para a guerra como punição por um descuido qualquer. Não há nada pior para um recruta do que se recusar a partir para a guerra - ou levar a sério a zombaria dos superiores. O que no início pode não ter passado de provocação se transformou em represália. Desde então, nunca mais teve paz. Se tivesse ficado calado, e se resignado à bazófia do capitão, possivelmente não teria sido selecionado para uma missão como esta, forçado a arrecadar verbas para completar o salário dos superiores e sustentar o quartel falido. No ponto de ônibus, ele ajusta o capuz do moletom. Segue à risca as instruções do sargento Krássin. É melhor não ser interpelado por policiais - a cabeça raspada não deixa dúvida quanto ao recruta que ele é e que a esta hora devia estar na caserna, a menos que seja um desertor. Até que não seria mau se, graças a um contratempo qualquer, ele fosse preso e obrigado a revelar a verdade à polícia. Mas, nesse caso, só um milagre o salvaria quando voltasse para o quartel no dia seguinte.

As regras mudaram na última hora (houve denúncias recentemente). Não é que o sargento tenha optado pelo perigo por puro sadismo, que não lhe falta, porque assim estaria pondo a própria operação sob ameaça. A exigência partiu do próprio cliente, um oficial da reserva que, para não ter de passar mais uma vez pelo constrangimento de explicar aos policiais durante a ronda noturna o que fazia com o carro parado, à noite, nas imediações do quartel - e, não os satisfazendo com a explicação, ser obrigado a suborná-los para não ser indiciado por atentado ao pudor, por corrupção de militares ou por outra delinquência qualquer -, estabeleceu regras mais seguras para si. É o recruta quem terá de arcar com o ônus de chegar até o ponto de encontro e voltar para o quartel, com o dinheiro, durante o horário de funcionamento do transporte público. Andrei sabe o que o espera. É a primeira vez, mas não é difícil imaginar. Procura não imaginar. Como o ônibus não vem, decide tomar o metrô. É um pequeno ato de insubordinação. O que lhe resta de livre-arbítrio é também o que aumenta a sua margem de risco. Procura não pensar em nada para não sentir vertigem no alto da escada rolante que desce até a plataforma subterrânea. O movimento dos degraus subindo e descendo lhe revolve o estômago. Não há metrô mais profundo que o de São Petersburgo. Foi construído sob um enorme pântano onde jazem as ossadas dos servos e prisioneiros que ergueram as fundações da antiga capital. Enquanto ele desce aos subterrâneos, seu olhar cruza com o de um rapaz - barba por fazer e cabelos sebentos, presos num rabo-de-cavalo -, que sobe pela escada rolante ao lado, para a superfície e o frescor da noite de final de verão. Se existissem almas que pudessem abandonar os corpos em movimento, deixava a carcaça seguir só, inconsciente, e tomava o corpo de alguém na escada rolante ao lado, que sobe para a rua, assumindo uma nova vida, fora do quartel. Às vezes imagina que, no seu lugar, um homem de brios tivesse preferido levar outra surra e passar, com sorte, uma semana na enfermaria. Mas uma coisa não elimina a outra. Não há escolha no regimento. A única vantagem da surra seria perder a consciência, esse peso que vai se tornando insustentável - se não fosse preciso recobrá-la e voltar para o quartel, para novas surras e punições. A verdade é que Andrei pode apanhar até cair, mesmo depois de ser humilhado. Não adianta querer entender por que o simples fato de ser quem ele é, um mero recruta, o obriga a fazer o que não quer. É o seu lugar e a sua hora. Não é ele quem está subindo as escadas rolantes no lugar do rapaz de cabelos sebentos. Está descendo aos infernos. Procura não imaginar para evitar a vertigem e a náusea. Tenta se convencer de que está apenas cumprindo ordens. Para poder seguir em frente com alguma dose de irresponsabilidade.

A esta hora, não há filas diante das portas que dão acesso aos trens, alinhadas dos dois lados da plataforma, à imagem de elevadores no lobby de um prédio comercial. Quem trabalha já voltou para casa e o movimento está reduzido a tipos solitários e eventuais. Pelo menos até a chegada do próximo trem de Moscou ou dos balneários, quando famílias carregadas de malas, voltando das férias, serão despejadas nas principais estações da cidade, infiltrando-se pelas artérias do transporte urbano, como uma inundação. Por enquanto, a estação de metrô onde ele entra está vazia. Poderia ter escolhido qualquer uma das portas, mas vai se plantar justamente atrás do único passageiro além dele na plataforma - um velho com uma sacola de supermercado em cada mão, que espera diante da segunda porta à direita e que se afasta, resmungando algo incompreensível mas que obviamente tem a ver com o recruta, ao perceber a presença dele às suas costas. O velho procura outra porta diante da qual possa esperar sozinho. A escolha de Andrei traduz uma lógica simplória e infantil, como se na companhia do velho tivesse menos chances de ser desmascarado - e sua missão, de ser descoberta pela polícia -, como se, aos olhos dos outros (que ali não estão), pudesse estar acompanhando o avô de volta para casa. Se o velho não tivesse mudado de porta, era bem capaz que Andrei tivesse se oferecido para ajudá-lo com as sacolas de supermercado. O trem chega e as portas se abrem. No vagão em que ele entra, há apenas uma mulher com maquiagem carregada. Andrei senta, sem se dar conta, no banco diante do dela. É uma espécie de compulsão inconsciente. Evita ficar sozinho. Como se a proximidade dos outros pudesse desviar a atenção de si mesmo. É uma mulher destruída. Os cabelos louros embranquecidos e esfiapados mal cobrem a cabeça oval e o rosto macilento, com dois olhos azuis aguados, manchados de preto, e os lábios muito finos, quase inexistentes, borrados de vermelho, como se o batom fosse o resquício de sangue de uma fenda cosida. A mulher o encara. Andrei a imagina careca, com a cabeça raspada, como ele, ou morta, de olhos fechados e mãos gélidas. Arruma o capuz para cobrir melhor a cabeça, e se encolhe. A mulher não tira os olhos dele. Está a ponto de dizer.